Numa conversa recente com minha avó Lacy fiquei sabendo um pouco mais de histórias que envolviam a lida diária e as refeições de meus antepassados.
Muitos deles nem conheci vivos, como por exemplo meu bisavô Joaquim Barbosa, mineiro, que era fã de batidinhos de legumes como abobrinha e quiabo além de couve assustada com torresmo.
Resolvi preparar noutro dia, com a ajuda da minha fiel escudeira, a cozinheira Domingas, uma viagem a estes sabores ancestrais. Para tanto um banquete digno do Vovô Joaquim, como é conhecido meu “biso” entre a família.
Um feijão preto bem gordo preparado com paio, linguiça portuguesa e linguiça de Maracaju além de fartos pedaços de barriga de porco defumada (agora reconhecida com o nome chique de acento italiano: pancetta). Arroz branco, farofa de cebolas tostadas na manteiga com farinha de milho e mostarda e pra não faltar nessa importante oferenda: a couve cortada e bem assustada, ou seja, passada rapidamente no fogo, ao azeite e manteiga c/ alho socado e sal. Por cima torresmos crocantes.
Taí uma comida de conforto para enaltecer as lembranças dos meus antepassados de alma caipira e que, sem dúvida, por onde estiverem, aqui vivem em nossas memórias, amor e gratidão.
Em tempo, conversei com Tia Mida por WhatsApp, uma das 6 filhas do total de 9 filhos que tiveram o vovô Joaquim e a vovó Vitória e ela me contou que esta semana fazem 79 anos que ele se foi. É o caso do acaso reforçando esta singela e saborosa homenagem.
Confira: