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Confira as mudanças na Língua Portuguesa

Apresentada em 1990, a proposta da reforma foi ratificada pelos países em 2006 e passou a valer no dia 1º de janeiro de 2009

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Confira as novas regras determinadas pelo acordo ortográfico firmado com o objetivo de unificar a ortografia de oito nações que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Apresentada em 1990, a proposta da reforma ortográfica foi ratificada pelos países em 2006 e passou a valer no dia 1º de janeiro de 2009, mas haverá um período de transição para o Brasil se adaptar às mudanças: até 31 de dezembro de 2012.

As editoras terão tempo, portanto, para promover as mudanças nos livros didáticos, segundo determinação do Ministério da Educação. O mesmo prazo de ajuste para as novas regras terão as áreas de marketing, jurídica e de recursos humanos das companhias brasileiras. O Acordo Ortográfico dos Países de Língua Portuguesa introduziu mudanças no uso do trema, do hífen e na acentuação de palavras, e incluiu ainda o Y, o W e o K no alfabeto.

O Português, segundo estudos de especialistas, é a quinta língua mais falada no mundo, utilizada por cerca de 210 milhões de pessoas. A ortografia-padrão deverá facilitar o intercâmbio cultural entre os países que falam o idioma, possibilitando também a circulação de livros e materiais didáticos.

Abaixo, as principais modificações na ortografia brasileira:

·O alfabeto passa a ter 26 letras, com a reintrodução do K, do W e do Y;

·Não se usa mais o trema (¨) em palavras como agüentar, argüir, cinqüenta e tranqüilo (os grupos gue, gui, que, qui). A nova grafia é: aguentar, arguir, cinquenta e tranquilo.

·Não se usa mais o acento dos ditongos abertos ói e éi das palavras paroxítonas (acento tônico na penúltima sílaba). A nova grafia dessas palavras passa a ser: alcaloide, apoia, boia, colmeia.

·Não se acentuam mais o i e o u tônicos depois de ditongo em palavras paroxítonas. Ex: baiúca e feiúra se escrevem agora baiuca e feiura.

·Não se usa mais acento nas palavras terminadas em êem e ôo(s). Ex: lêem, vôo(s) e enjôo são escritas leem, voo(s) e enjoo.

·Não se usa mais acento diferencial para os seguintes pares de palavras: pára/para; péla(s)/pela(s); pêlo(s)/pelo(s); pólo(s)/polo(s); e pêra/pera. Permanece o acento diferencial em pôde/pode e os acentos que diferenciam o plural do singular nos verbos. Ex: ele tem/ eles têm.

·Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas verbais tu arguis, ele argui, eles arguem (presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir).

Regras do hífen:

·Com prefixos, usa-se sempre hífen diante de palavra iniciada por h. Ex: anti-higiênico; anti-histórico; super-homem. A exceção é a palavra subumano, que perde o h;

·Prefixo terminado em vogal: sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo;

·Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo;

·Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom;

·Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

·Prefixo terminado em consoante: Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.

·Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.

·Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.