Veículos de Comunicação

Oportunidade

Consultas de pré-natal crescem 125% em seis anos no Brasil

A OMS recomenda às gestantes a realização de, pelo menos, seis consultas de pré-natal

O Ministério da Saúde informou que o número de consultas de pré-natal no país atingiu 19,4 milhões em 2009, o que significa um aumento de 125% em relação a 2003, quando foram registradas 8,6 milhões. O aumento da assistência pré-natal contribui para a melhoria das condições da gestação, da própria mãe e do recém-nascido, de acordo com o ministério.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda às gestantes a realização de, pelo menos, seis consultas de pré-natal. Esse acompanhamento médico permite identificar possíveis riscos à saúde da mulher –como diabetes e hipertensão arterial e repercussão de doenças no bebê.

Segundo a PNDS 2006 (Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde), 74% das gestações feitas pelo SUS passaram por, no mínimo, seis consultas de pré-natal. "É um controle cujo resultado vai se refletir na maior qualidade do parto, da vida da mãe e da saúde da criança", analisa o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles.

O Estado brasileiro que teve o aumento mais significativo de 2003 a 2009 foi Roraima (2.379%), seguido por Sergipe (584%) e Mato Grosso (444%). Já o Espírito Santo foi o único do país onde o número de consultas diminuiu (-5%), no mesmo período.

Métodos contraceptivos

O órgão ainda informou que o acesso ao planejamento familiar e a métodos contraceptivos também cresceu e chegou a todos os municípios brasileiros, alcançando 4,3 milhões de mulheres a mais no período de 2003 a 2008, totalizando mais de 34,5 milhões de usuárias do SUS de 10 a 49 anos.

Segundo o Ministério da Saúde, além de preservativos e pílulas, as mulheres recorrem aos postos de saúde em busca de outros contraceptivos. O número de atendimentos para fornecimento e implantação de DIU (dispositivo intrauterino) e de diafragma cresceu 33,6% entre 2003 a 2009.

Como consequência do maior acesso aos métodos, a quantidade de abortos em condições inseguras sofreu uma redução, de acordo com o ministério. De 2003 a 2009, caiu em 15% o número de procedimentos de curetagem feitos no SUS em mulheres sofrendo complicações decorrentes do abortamento –espontâneo ou provocado. No ano passado, foram 200,6 mil operações como essa na rede pública. Em 2003, foram registrados 236,4 procedimentos.