Deputado será obrigado a retornar ao PDT enquanto recorre ao TSE
A desfiliação do deputado estadual Lucas de Lima do Partido Liberal (PL) não foi comunicada por iniciativa própria. O afastamento foi motivado por uma ordem judicial que obrigou o parlamentar a atender a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revertendo sua saída anterior do PDT.
De acordo com o deputado, o motivo da saída foi imposto judicialmente: “Minha desfiliação foi necessária para cumprir uma ordem do TSE, após o PDT recorrer da decisão do TER, que me permitia deixar o partido por justa causa por 6 a 1. Uma decisão monocrática favorável a eles foi emitida, e meu retorno ao PDT foi determinado. Agora, um agravo está sendo apresentado ao colegiado do TSE para revisão, sem que brigas tenham ocorrido, apenas essa questão legal”.
O deputado disse ainda que vai obedecer o que a justiça determinou e já está a disposição do partido, trabalhando normalmente até que tudo se decida.
Fora do partido desde setembro de 2024, ele recebeu o direito de deixar o PDT após decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), por 5 a 2, devido à insatisfação de Lucas com o partido. O motivo foi a intervenção do PDT no Estado, que não lhe entregou o comando, apesar de seu mandato ser considerado o mais relevante na Assembleia Legislativa.
Por conta disso, Lucas de Lima desistiu de concorrer à prefeitura de Campo Grande quando figurava entre os favoritos nas pesquisas. A insatisfação aumentou quando reuniões para definir candidatos a vereador na Capital foram realizadas sem sua participação, mesmo sendo ele o presidente municipal do PDT à época.