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Colunista durante o Jornal CBN Campo Grande. Foto: Redação/CBN-CG
Colunista durante o Jornal CBN Campo Grande. Foto: Redação/CBN-CG

A política brasileira já começou a pegar fogo com a denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por tentativa de Golpe de Estado. As redes sociais estão com enxurradas de postagens em defesa do ex-presidente.

A denúncia não foi surpresa. Era esperado que mais cedo ou mais tarde, Bolsonaro seria colocado no banco dos réus. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, tem pressa em julgar e colocar Bolsonaro na cadeia ainda este ano para não contaminar as eleições de 2026.

Mas não é a mesma avaliação dos bolsonaristas. A campanha eleitoral será polarizada, tensa e manifestação de revolta de populares militantes da direita. A expectativa é do ministro Alexandre de Moraes aceitar a denúncia do Gonet com aval dos demais quatro ministros da Primeira Turma do STF.

Tudo isso vai refletir nas eleições em Mato Grosso do Sul. A direita, dividida, pretende deixar as diferenças de lado para entrar unida no campo de batalha eleitoral, em 2026, para eleger os dois senadores e mais da metade dos oito deputados federais do estado.

O deputado estadual Coronel David (PL) esteve na semana passada com Bolsonaro para discutir o processo eleitoral. E um dos assuntos tratados foi justamente a escolha de candidato a senador comprometido com o plano do grupo. David até publicou um vídeo no Instagram criticando senadores da direita que fazem o jogo da esquerda.

A orientação é escolher alguém determinado a apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, apontado como inimigo número 1 de Bolsonaro. E Moraes é quem poderá mandar o ex-presidente pra cadeia.

O termômetro dessa guerra política será medido no movimento do dia 16 de março em todo o País. Bolsonaro colocou duas questões na pauta para esta concentração popular: anistia aos condenados pelos Atos de 8 de janeiro de 2023 com penas pesadas e “Fora, Lula” em 2026.

As lideranças da direita de Mato Grosso do Sul já estão convocando populares para a concentração em Campo Grande no dia 16 de março. Esse ato em todo País vai esquentar ainda mais com a denúncia de Bolsonaro por trama golpista. O ex-presidente participará desse movimento no Rio de Janeiro.

A denúncia de Bolsonaro já está fervendo, também, nos bastidores da política. Todos discutem como vai terminar esse processo. A luta começa com os advogados no Supremo Tribunal Federal para levar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro ao plenário, como vem ocorrendo com os envolvidos no 8/1, onde os 11 ministros votam. O relator Alexandre de Moraes decidiu colocar o caso na Primeira Turma para garantir a unanimidade dos cinco ministros.

A estratégia de Moraes é evitar divergência colocando o processo no plenário. Na Primeira Turma ele tem apoio unânime para condenar Bolsonaro.

Confira a coluna Política em Destaque na íntegra: