O professor universitário e ex-superintendente de Cultura de Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 68 anos, assassinado na sexta-feira (13), iniciou a carreira no setor cultural, em Três Lagoas. Ele era ator, dramaturgo e integrou o saudoso TPI (Teatro da Patota Infantil), na década de 70, antes de ir para a capital. “Era uma pessoa muito dedicada. Ícone do teatro amador. Eu estive ao lado dele quando começou e iniciou a luta pelo movimento cultural. Estou em estado de choque. Estamos falando de um patrimônio histórico que foi embora”, declarou à reportagem, a professora aposentada Irene Marques de Alexandria, amiga pessoal de Roberto.
Ela foi uma das fundadoras da Sociedade Brasileira de Eubiose em Três Lagoas e conta que a jornada com a organização começou em 1972, quando ainda era universitária, cursando geografia, no Rio de Janeiro. Irene disse que Roberto foi para a capital no início da década de 80, mas dos dois continuavam amigos.
O professor foi encontrado sem vida, dentro da própria casa em Campo Grande. A suspeita é de latrocínio, roubo seguido de morte. Segundo a Polícia Civil, o veículo da vítima não foi encontrado, além disso, outros objetos teriam sido furtados da casa da vítima.
A Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), onde Roberto Figueiredo atuou como professor desde 1985 – além de coordenar a área de Cultura e Arte da instituição – emitiu nota de pesar lamentando a morte. O professor foi um dos representantes docentes no Conselho Universitário (Consu) da UCDB, presidente da Associação dos Docentes da instituição e aspirante a salesiano cooperador.