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SAÚDE

Em outubro, mulheres podem realizar exame de mamografia de forma gratuita

Este é o mês dedicado à Campanha Outubro Rosa, lançada hoje (1º) e que segue até o dia 31

Lançamento da Campanha Outubro Rosa, nesta terça-feira (01), em Campo Grande
Lançamento da Campanha Outubro Rosa, nesta terça-feira (01), em Campo Grande | Foto: Karina Anunciato/ CBN-CG

Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer, até 2025, em Mato Grosso do Sul, cerca de 910 pessoas devem receber o diagnóstico positivo para a doença por ano.

Com histórico de câncer na família, Laudiceia Melgarejo, de 50 anos, foi diagnosticada em 2021. Mesmo sem descuidar do acompanhamento preventivo da saúde, a esteticista se assustou quando recebeu o resultado positivo da doença.

“Receber esse diagnóstico foi como receber uma sentença de morte, porque eu tinha visto várias pessoas da minha família passando por isso. Depois que eu comecei o tratamento e conheci pessoas que venceram, eu percebi que cada pessoa tem a sua história. Eu tinha pessoas da minha família que faleceram, que tiveram a história delas. Então depois eu passei a enxergar o tratamento como de cura mesmo, eu consegui levar assim com mais leveza”

Profissional do ramo da beleza, Laudiceia contou que percebeu que tinha alguma coisa errada ao se depilar.

“Eu trabalho com mulheres, com estética, faço design de sobrancelhas, trabalho na minha casa mesmo, faço depilação, e foi assim inclusive que eu descobri o meu nódulo. Foi fazendo uma depilação na axila que eu senti as ínguas, que, na verdade, não eram ínguas, já eram linfonodos que tinham o câncer que já. Tinha avançado para cima”.

Apesar do medo e da incerteza da confirmação da doença, a esteticista, mãe de dois filhos de 18 e 15 anos e casada há 24 anos, encontrou no apoio da família a força para enfrentar o tratamento.

“Quando eu descobri o diagnóstico, a minha decisão foi sempre contar. Eu já saí, já contei pros meus filhos eles foram os primeiros a saber, e depois pra minha mãe e pros meus irmãos. Eu nunca escondi, eu sempre contei pras pessoas porque eu acredito no poder da oração. E eu sabia que todas estariam orando por mim. Não foi um processo fácil, não dá para romantizar o câncer”

Depois de enfrentar 16 sessões de quimioterapia, uma cirurgia de quadrante, 25 sessões de radioterapia e 17 sessões da chamada vacina, Laudiceia se considera curada. No entanto, ela segue consciente de que precisa realizar os exames de controle até 2026. 

Há um ano, a dona de casa, Rosinei Felix da Rocha Fernandes, foi diagnosticada com câncer de mama. Ela lembrou que nunca descuidou dos exames periódicos e contou que foi numa situação dessas que encontrou o nódulo. 

“Foi no Hospital de Amor. De lá, eu vim encaminhada pra cá (Hospital de Câncer Alfredo Abrahão). Eu tinha feito a rotina em 2022 e foi aparecendo em 2023. Eu voltaria pra rotina em abril de 2024 e nesse intervalo ele apareceu. Foi bem recente e foi um choque, né, porque a gente fica bem assim apreensivo. Não sabe o que vai passar pela frente, mas eu exercitei a minha fé e aqui estou pra contar aqui. O milagre já aconteceu na minha vida é”

Mãe de 5 filhos, a dona de casa contou que neste um ano de tratamento já passou por quimioterapia, mastectomia total (retirada total da mama), fisioterapia e deve concluir o ciclo de radioterapia no próximo dia 7 de outubro. Sem perder a fé e a esperança, ela segue confiante na cura total e destacou a importância do apoio disponibilizado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer. A instituição filantrópica funciona dentro do espaço do hospital na Capital.

“Eu tenho uma força na fé firmada em Deus, eu acho que isso é o principal de tudo. É você exercer a sua fé. Depois você tem essa rede de apoio e é surpreendente, a troca de experiência, a força que uma passa pra outra, quando uma está meio desanimada a outra vai lá e dá uma sacudida entendeu, então tem que tem que ter uma rede de apoio”

Segundo o diretor clínico de Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA), Breno Matos Delfino, é fundamental o diagnóstico precoce para a superação da doença. Isso porque nos estágios iniciais e até mesmo em alguns casos até mesmo avançados o câncer de mama é silencioso.

“O câncer de mama não tem sintomas em estágios mais intermediários e avançados. A gente tem nódulos na mama, lesões, descarga papilar, que é uma secreção na mama e eventualmente lesões efetivamente úlceras, entre outras coisas. O fato do inicialmente, ele não ter sintomas é o que nos traz a necessidade do diagnóstico precoce que a gente faz normalmente em mulheres acima de 40 anos de idade”.

No mês da Campanha Outubro Rosa, entre os dias 02 e 31 de outubro, o HCAA distribuirá 60 senhas para a realização do exame de mamografia, de segunda a sexta-feira. A distribuição das senhas começa às 6h. O Hospital de Câncer de Campo Grande – Alfredo Abrão – fica na Rua Marechal Rondon, 1053.

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