Respaldadas por decisão liminar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), 400 famílias permanecem morando em uma área particular de 12 mil metros quadrados na saída de Três Lagoas para Brasilândia. O terreno, pertencente a uma empresária de Araçatuba (SP), foi invadido no começo de 2018, por dezenas de família. Atualmente, de acordo com o líder do movimento, Erasmo Carlos, 400 famílias moram no local.
Algumas continuam morando em barracos, outras já construíram casas de alvenaria. Agora, o movimento quer a implantação de rede de água e energia elétrica, embora algumas famílias já têm, mas de maneira clandestina. Além disso, o líder do movimento informou que foi apresentado a prefeitura um projeto de reurbanização social para a desapropriação da área. A prefeitura já havia declarado de que não teria esse interesse.
Logo após a invasão, a empresária ingressou na Justiça com ação de reintegração de posse. Em agosto de 2018, decisão de primeira instância obrigou as famílias a sair, mas parte do grupo ficou. Em novembro do mesmo ano, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou pedido da Defensoria Pública de Três Lagoas para suspender a liminar que determinava a reintegração de posse, garantindo a permanência das famílias no local. Até hoje, o mérito da ação não foi julgado. “Acreditamos que o mérito do agravo será favorável a essas famílias”, destacou.
O líder do movimentou não descartou uma manifestação em frente à prefeitura, caso não consigam a implantação da rede de água e energia no local.
Algumas famílias invadiram a área sob a alegação de não terem condições de pagar aluguel. Três famílias já haviam ocupado um espaço neste terreno, dois anos antes da ocupação em massa.
Além de casas que foram construídas, ruas já foram abertas na área e os lotes divididos entre os invasores.