A mistura ou combinação de álcool e direção é um problema sério que cada vez mais se agrava em nossa sociedade. O resultado disso são acidentes envolvendo pessoas comuns que acabam se tornando vítimas da irresponsabilidade de alguns motoristas que insistem em ingerir bebida alcoólica e conduzir veículo automotor.
Exemplo disso, são os jovens, Diogo Goulart Hoda, de 27 anos, e sua namorada Heloisa Fonseca da Silva, de 23 anos, que estão internados no Hospital Auxiliadora depois de serem atropelados na calçada de sua casa no bairro Jupiá, na tarde de domingo (21).
O acidente foi provocado por Wdson Renne de Andrade, de 31 anos. Segundo testemunhas, ele estaria ingerindo bebida alcoólica na prainha do Jupiá. Depois de preso em flagrante pela Polícia Militar, o motorista foi submetido a audiência de custódia por vídeo conferência e, a após pagar a fiança, a Justiça concedeu o benefício ao autor para responder o caso em liberdade. Wdson irá responder por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e por conduzir veículo sob efeito de bebida alcóolica
Diogo teve as piores consequências e segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), pois teve múltiplas fraturas nas duas pernas, além de dois fêmures, tíbias e fíbulas quebrados. Heloísa teve uma fratura na perna esquerda e escoriações pelo corpo.
Embriaguez ao volante representa 66% das multas
Muito mais do que a sensação de impunidade é de o condutor alcoolizado ter a convicção de que nada irá acontecer. Mas acontece, e as consequências são graves. Dirigir pode parecer algo simples, quase automático, mas envolve ações complexas, de forma que o condutor deve estar sempre atento para perceber e analisar situações de perigo, bem como decidir como agir e concretizar a ação com rapidez e precisão.
O álcool é um depressor do sistema nervoso central, ou seja, uma substância que diminui a atividade do cérebro, alterando a ação de neurotransmissores, prejudicando justamente o reflexo do motorista que insiste na mistura do álcool e direção.
Em Três Lagoas, somente em janeiro deste ano, seis pessoas se envolveram em crimes de trânsito e foram presas em flagrante conduzindo veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada em razão de ingestão bebida alcoólica.
No mesmo mês, as infrações envolvendo pessoas que ingeriram bebida alcoólica e recusaram realizar o teste de etilômetro, foram sete. Só configura como crime de trânsito quando o resultado do teste do bafômetro indicar concentração igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar expelido. Valores abaixo, só é lavrado o auto de infração. O abuso de álcool realmente é perigoso para o trânsito. E há quem afirme, simplesmente, que combinar bebida e direção é errado em qualquer grau e, por isso, a penalidade deve ser severa mesmo.
Lei seca
A Lei 11.705, aprovada em 2008, ficou conhecida como Lei Seca por reduzir a tolerância no nível de álcool no sangue de quem dirige. Atualmente, o nível máximo é de 0,05 mg/l.