Com um investimento de R$ 50 milhões, a Agroceres PIC – joint venture entre a brasileira Agroceres e a britânica Pig Improvement Company (PIC) – inaugurou uma nova Unidade de Disseminação de Genes (UDG). Atualmente, a empresa é a líder do segmento de genética suína no Brasil, com mais de 50% de participação de mercado.
Situado na zona rural de Campo Grande, ao lado da MS-040, o moderno centro marca um avanço para a suinocultura em Mato Grosso do Sul e para a indústria de proteína animal.
Além do elevado nível de biosseguridade das granjas, a condição de estado livre da febre aftosa sem vacinação torna o negócio estratégico para a empresa investir em MS. No Hemisfério Norte, doenças virais, como a peste suína africana, ameaçam os plantéis e, consequentemente, as vendas de genética.
A unidade, oitava no Brasil e 11ª na América do Sul, possui baias climatizadas com capacidade para 800 reprodutores, além de tecnologia de ponta para coleta e análise genética. Todo o processo, desde a coleta até a entrega aos clientes, ocorre em até 48 horas, com rigoroso controle de qualidade e temperatura para garantir a pureza do material.
Expansão e impacto econômico
O secretário estadual Jaime Verruck destacou a importância do setor de proteína animal para o crescimento econômico do Estado, que já atraiu mais de R$ 1,2 bilhão em investimentos recentes.
A UDG deve impulsionar a produção local, com previsão de inseminação para gerar mil toneladas diárias de carne suína, colocando Mato Grosso do Sul como referência mundial na área.
Sustentabilidade e inovação
A UDG também se compromete com a sustentabilidade, transformando resíduos em adubo orgânico por compostagem, que será utilizado em lavouras vizinhas. Segundo o presidente do Grupo Agroceres, Roberto Ribeiral, a decisão de instalar a unidade no Estado reflete o apoio governamental e a prosperidade do setor local.
“Na medida em que nossos produtos ganharam sucesso, era natural que seguíssemos para alcançar nossos clientes onde estão produzindo. Vamos oferecer o melhor recurso genético da suinocultura para a região“, afirmou.
Com início de operação previsto para o primeiro trimestre de 2025, a unidade terá capacidade para produzir 1,2 milhão de doses inseminantes anuais, contribuindo significativamente para o crescimento da suinocultura e fortalecendo a competitividade do setor no longo prazo.