A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o estoque de vacinas contra o vírus da Covid-19 está zerado em Mato Grosso do Sul. Está prevista a chegada de novas doses até a próxima segunda-feira (28). Enquanto isso, Campo Grande também segue com vacinas zeradas.
“No momento, as vacinas se findaram, estamos desabastecidos há aproximadamente 15 dias. O que sabemos é que o Ministério já fez uma nova aquisição, um novo contrato para aquisição; porém, existem os trâmites de envio, uma vez que não é uma vacina brasileira, mas importada. O envio deve ser realizado o mais breve possível, e, assim, conseguiremos reabastecer os 79 municípios. Ressalta-se ainda que não é uma especificidade do estado; isso tem acontecido em todo o país“, disse a Coordenadora Estadual de Imunização, Ana Paula Goldfinger.
Na capital, o cenário também não é diferente; a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que também não possui estoque do imunizante e que há falta para todos os públicos.
“O site Localiza SUS, do Ministério da Saúde, traz a cobertura vacinal por faixa etária: dos 3 aos 11 anos de idade, foi atingida a cobertura vacinal de 32,94% do público com duas doses do imunizante, totalizando 37.655 doses aplicadas“, diz trecho de nota da Sesau.
Ministério da Saúde
De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, os esquemas primários de vacinação não são mais recomendados rotineiramente para pessoas com 5 anos de idade ou mais que não façam parte do grupo prioritário. Contudo, se a pessoa não tiver se vacinado anteriormente e optar por se vacinar, poderá receber uma dose da vacina COVID-19 monovalente (XBB); e crianças completamente vacinadas (com três doses) anteriormente com outras vacinas contra a Covid-19 podem receber mais uma dose da vacina monovalente XBB.
O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de novos grupos prioritários na campanha de vacinação, reforçando a proteção contra o vírus XBB e outras doenças em populações vulneráveis e de alto risco. A ação visa garantir o acesso a vacinas para pessoas mais suscetíveis a complicações e que apresentam maior risco de exposição.
Estão incluídos na lista prioritária:
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILPI e RI), juntamente com os trabalhadores desses locais;
- Indivíduos imunocomprometidos;
- Comunidades indígenas em terras indígenas;
- Ribeirinhos e quilombolas;
- Gestantes e puérperas, visando à proteção tanto das mães quanto dos bebês.
Profissionais de Saúde também estão entre os grupos prioritários, dada sua exposição contínua aos agentes infecciosos e o papel fundamental na contenção de surtos.
Outros grupos incluem pessoas com deficiência permanente, indivíduos com comorbidades, pessoas privadas de liberdade (a partir dos 18 anos), funcionários do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens em medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
A campanha reforça o compromisso com a proteção da saúde pública, priorizando aqueles em condições de maior risco e buscando reduzir a disseminação do vírus entre populações mais expostas.