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Eutanásia vira ‘solução’ contra a leishmaniose

Em janeiro deste ano, 120 cães foram sacrificados e no ano anterior: 1.365 animais

Controle de Zoonoses recebeu 2.232 cães e 61% deles foram sacrificados no ano passado - Reprodução/TVC
Controle de Zoonoses recebeu 2.232 cães e 61% deles foram sacrificados no ano passado - Reprodução/TVC

Janeiro nem terminou e ao menos 120 cães já foram sacrificados em Três Lagoas por estarem contaminados com diversas doenças, principalmente pela leishmaniose. Levantamento obtido pela reportagem junto ao  CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) mostra média de que quatro animais submetidos a eutanásia por dia somente neste ano, na cidade. O medo de ter um animal contaminado está levando pessoas a abandonarem cães nas ruas ou levarem ao órgão para o sacrifício.

A questão fica ainda mais alarmante quando relacionado ao ano passado. O CCZ recebeu 2.232 cães e 61% deles foram sacrificados em 2018, o que corresponde a 1.365 animais. O coordenador Everton Ottoni explica que 70% dos casos de eutanásia são de animais com leishmaniose. No entanto, afirma que a indicação para o procedimento é para animais agressivos, com doenças sem cura, como raiva, ou em estado terminal

“É um número alto. Mas, em relação há anos anteriores, houve diminuição nos casos da doença e de eutanásia. Infelizmente a população não aplica corretamente as vacinas virais, não tem cuidados necessários com os animais e a situação se torna crítica. Quando não há mais condições de tratar os animais recorrem ao CCZ porque a eutanásia, por exemplo, não tem custo nenhum”, frisou.