A disputa entre Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) neste segundo turno da eleição municipal está bastante acirrada. Nas ruas, o clima é de guerra, com times dos dois lados disputando os melhores espaços para as bandeiradas e adesivagem de veículos.
Mas o que chama mesmo a atenção, tanto nas redes sociais como na imprensa e nos programas eleitorais, é o esforço contínuo de Adriane Lopes no sentido de evitar que sua oponente toque num tema que lhe é bastante complexo: as folhas secretas.
Para quem não sabe, o assunto é o seguinte: em abril de 2022 o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) promoveu inspeção extraordinária nas contas da gestão Marquinhos Trad e Adriane Lopes.
Na ocasião, diversas irregularidades foram encontradas, dentre elas a divergência no valor de mais de R$ 386 milhões nas despesas com o pagamento de salários. Em resumo, a prefeitura informou que gastou determinada quantia com os servidores, mas os números mostraram que os valores eram bem maiores.
Feitas as explicações, constatou-se que um seleto grupo de servidores recebia jetons e outros penduricalhos que engordavam sobremaneira seus salários. E por que o termo folhas secretas? Porque elas jamais foram publicadas no site da prefeitura, onde até hoje só são publicadas as folhas oficiais.
Para solucionar o problema, a prefeita Adriane Lopes firmou um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o TCE/MS, com prazo estabelecido para que a irregularidade tivesse fim. Como ainda persiste a falta de transparência, ninguém sabe se de fato a irregularidade deixou de existir.
Agora, na eleição, Adriane Lopes tenta por todos os meios, principalmente através de ações na Justiça Eleitoral, proibir que o tema seja explorado pela adversária Rose Modesto. A manobra, no entanto, vem despertando mais curiosidade ainda nos eleitores.
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