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Guerra barulhenta nos bastidores da Assembleia Legislativa de MS

A disputa pela primeira secretaria está mobilizando até o governador para conter ânimos dos candidatos

Presidente da Alems, deputado Gerson Claro (PP) busca assinaturas de apoio ao primeiro secretário
Presidente da Alems, deputado Gerson Claro (PP) busca assinaturas de apoio ao primeiro secretário | Foto: Reprodução/Alems

Na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do sul (Alems) só não há consenso para a primeira secretaria. Para ser reconduzido ao cargo, o deputado Paulo Corrêa (PSDB) vem travando uma briga com o deputado Coronel David (PL).

E, agora, na véspera da eleição, aparece outro deputado na disputa. Se trata de Zé Teixeira (PSDB), que já foi primeiro-secretário da Casa de Leis por duas vezes.

Deputados tucanos Zé Teixeira e Paulo Corrêa

Esse seria mais um obstáculo no caminho de Paulo Corrêa para ser removido. Só que a entrada de Zé Teixeira, na avaliação de um influente parlamentar, não passa de farol para chamar atenção e ser procurado para conversar.

O curioso é a queixa dos parlamentares sobre Paulo Corrêa. Todos falam que ninguém gosta dele, mas ele sempre está por cima, porque os parlamentares votariam nele por pressão.

Corrêa já foi presidente da Assembleia e hoje ocupa a primeira secretaria, porque contou com apoio do então governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Azambuja convocava e pressionava os deputados a votarem em Paulo Corrêa. Ou seja, eram obrigados a engolir a indicação de Corrêa.

Hoje, Corrêa luta para continuar no cargo com apoio do atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), que vem reunindo assinaturas dos parlamentares.

Claro quer o compromisso do voto dos colegas em favor de Corrêa. A estratégia é esvaziar o apoio ao Coronel David, uma forma de pressão para que ele desista da candidatura. E essa pressão aumentou nos últimos dias.

E se tudo isso ocorre porque ninguém gosta de Paulo Corrêa, imagina se gostassem dele.

Até o governador Eduardo Riedel (PSDB) foi procurado para intervir no processo eleitoral. Mas Riedel não quer se envolver nessa guerra barulhenta para não sair chamuscado.

A alegação do governador é que todos os deputados que estão na disputa são seus amigos e da base aliada.