Na madrugada deste domingo (23), por volta da 1h06, uma equipe do Grupamento Especial Tático de Ações Motociclísticas (GETAM) foi acionada para comparecer à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três Lagoas, após solicitação da assistente social de plantão, que informou que um jovem havia dado entrada na unidade com ferimentos provocados por disparos de arma de fogo.
Segundo o relato da vítima, um homem trajando roupas escuras, com o rosto coberto por máscara e boné, chegou ao local onde o jovem estava reunido com amigos, em um bar situado na Rua Manoel Antônio Jeremias, próximo à Avenida Clodoaldo Garcia, no Bairro Guanabara.
O suspeito, que chegou ao estabelecimento em uma bicicleta aro 29 e portava um revólver, efetuou diversos disparos contra o jovem.A vítima foi atingida por pelo menos dois tiros, um deles com orifício de entrada na região da cintura esquerda e saída na região glútea, enquanto o outro ferimento atingiu a perna esquerda, com o projétil alojado logo acima da panturrilha.
O rapaz permaneceu sob cuidados médicos na UPA, sendo atendido pelo médico plantonista.O pai da vítima, que se encontrava na UPA acompanhando o atendimento do filho, informou que o jovem não reside mais com ele e que o vê raramente, mencionando que o rapaz possui registros criminais anteriores.
Amigos que acompanhavam a vítima na UPA permaneceram no pátio da unidade, sendo que apenas um deles, que se apresentou como amigo próximo, confirmou os relatos feitos pelo jovem, mas se recusou a colaborar com a identificação do autor dos disparos.
Durante o atendimento, o amigo tentou adentrar a sala onde a vítima estava sendo atendida e, ao ser advertido pela equipe policial para se retirar, recusou-se a obedecer e passou a elevar o tom de voz. Diante da situação e da alegação do amigo de que estaria sendo vítima de discriminação, a equipe policial procedeu com a prisão por desacato.
Foi necessário o uso de algemas para contê-lo e mantê-lo sentado no corredor da UPA até a chegada de uma viatura de apoio da Força Tática para sua condução até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (DEPAC). O registro de ocorrência foi encaminhado para as providências necessárias. A assistente social presente na unidade foi qualificada como testemunha do desacato sofrido pela equipe policial.