Este ano, o governo do Estado tem como meta atender 800 acadêmicos com o Programa Vale Universidade, sendo que 120 envolvem índios. Para subsidiar esse projeto, o governador André Puccinelli assegurou recursos próprios na ordem de R$ 3,9 milhões. "É o Estado fazendo sua parte para garantir às famílias de baixa renda acesso ao ensino superior, oferecendo oportunidade para aqueles que não têm condições financeiras de continuar com seus estudos", destaca o governador.
Segundo a titular da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tania Garib, esse benefício garante oportunidade de estudo, principalmente para aqueles jovens de cidades pequenas. "Em muitos municípios, os jovens sonham em fazer uma faculdade, mas não conseguem, devido ao alto custo para garantir sua manutenção e o pagamento das mensalidades", lembra. Cada aluno recebe um auxílio financeiro de até um salário mínimo (R$ 415,00) .
Conforme a resolução publicada no dia 4 de dezembro, poderão se inscrever no programa os estudantes que comprovem renda individual igual ou inferior a R$ 650,00 ou renda familiar não superior a R$ 1.700,00. No caso de universidades particulares, a instituição de ensino é obrigada a reduzir em 20% o valor da mensalidade. O Estado entra com outros 50% e o aluno com os 30% restantes. Em contrapartida, o aluno beneficiado é obrigado a prestar estágio de 20 horas, aprimorando sua formação profissional, desenvolvendo atividades em projetos especiais, conforme conveniência da Setas.
No caso do atendimento aos indígenas, a bolsa é específica para alunos que estão matriculados em cursos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Nesse caso, o valor é entregue diretamente ao acadêmico, tendo como base a média dos valores repassados às instituições particulares. Para ter direito ao benefício, o interessado deve realizar sua inscrição entre os dias 12 de janeiro a 5 de fevereiro, por meio do site www.setas.ms.gov.br, sendo que os selecionados serão com base na ordem crescente de renda. Em caso de empate, o critério é o acadêmico com maior idade. Além da renda, outra exigência é que a pessoa não tenha formação superior.
Após ser incluído no programa, o universitário tem que comprovar freqüência regular mínima de 80% nas disciplinadas cursadas e não ter sido reprovado. Esse ano o Vale Universidade beneficiou cerca de 700 acadêmicos, residentes em 47 municípios. Com a meta estabelecida para este ano, o governo do Estado vai aumentar o atendimento em 14%.