Foi por pouco que a pequena Raryane Almeida, de quatro anos de idade, não vai parar no hospital. Ela estava sozinha na cozinha quando abriu a porta de um dos armários e encontrou um frasco de álcool de gel. Ela tentou ingerir o líquido, mas foi salva pela mãe em poucos segundos. “Não percebi que ela tinha saído de onde estávamos [sala].
Quando olhei já vi que estava colocando a garrafa com o álcool em gel na boca. Foi por pouco”, relatou a mãe da menina e professora Jaqueline Almeida. A vizinha da professora passou pelo mesmo sufoco. O filho de cinco anos tropeçou em um brinquedo quando passava pelo quintal, caiu e bateu o queixo no chão. Resultado: um corte com dois pontos. O horário em que os incidentes ocorreram era o mesmo em que as crianças estariam nas escolas e as mães no ambiente de trabalho. Porém, com o distanciamento social a casa tem ficado cheia por mais tempo, e é preciso ficar atento para evitar acidentes com crianças, idosos e, até mesmo, com os adultos.
AUMENTO DE CASOS
Desde o mês de abril até a primeira quinzena de maio ao menos 42 acidentes domésticos foram registrados em Três Lagoas. Um aumento de 25% se comparado ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Quedas e intoxicação lideram o ranking dos casos. Mas também foram registrados incêndios em residências e princípio, além de queimaduras leves. Ocorrências atendidas pelo Corpo de Bombeiros e que exigem preocupação.
Um ex-vereador da cidade também faz parte da lista. Ele sofreu uma queda de três metros ao subir em uma escada para tentar arrumar o fogo, aproveitando o momento em que estava em casa com a família na quarentena.
Os militares alertam que em tempos de pandemia do coronavírus, o álcool em gel tem sido um forte aliado na higienização, mas o líquido pode causar acidentes domésticos. São altamente inflamáveis.