Em nota encaminhada à imprensa, nesta quarta-feira (30), o Grupo Asperbras – que tem sede em Penápolis (SP) e instala uma unidade de fabricação de móveis em Água Clara (MS) – nega envolvimento do seu principal acionista, José Roberto Colnaghi, em investigações de suspeitas de corrupção em Portugal e no Congo-Brazzaville (a República do Congo), país do Norte africano, grande produtor de petróleo.
Na nota, o grupo ainda nega que Colnaghi tenha sido detido, em Lisboa, na semana passada, e pago fiança de R$ 10,8 milhões para continuar em liberdade. A informação foi passada à imprensa portuguesa pela Polícia Judiciária, na capital do país, no dia em que o empresário prestou depoimento sobre a compra de uma mansão que teria sido dada como "presente" ao ministro das Finanças da República do Congo, Gilbert Ondongo, em troca de favorecimentos em contratos de serviços.
O valor, segundo a nota, foi depositado em caução e será devolvido a Colnaghi ao final do processo.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA.
"NOTA DE ESCLARECIMENTO GRUPO ASPERBRAS
Sobre os artigos publicados pela imprensa nos últimos dias o Grupo Asperbras tem o seguinte a esclarecer:
José Roberto Colnaghi, por iniciativa própria e previamente agendado, foi ouvido no pedido feito pela Justiça portuguesa no inquérito que investiga o empresário José Veiga na chamada Operação Rota do Atlântico. Não esteve detido, preso ou sob tutela da Justiça portuguesa.
A Operação Rota do Atlântico tem como foco investigar o empresário José Veiga, e seus contratos intermediados no Congo-Brazzaville, além dos outros vários negócios que o empresário tem no continente africano e em Portugal. O empresário José Veiga nunca foi diretor, administrador, empregado ou sócio da Asperbras, e quanto ao inquérito em questão que envolve a Asperbras-Congo corre unicamente em Portugal. O Grupo não está envolvido em nenhum processo no Brasil ou em outro país.
A Justiça ouviu Roberto Colnaghi em 16 de novembro, não houve pressão ou ameaça de prisão. A caução feita foi para garantia, na continuidade do processo, em havendo necessidade de nova apresentação à Justiça, visando garantir tais medidas. No final do inquérito, cumprido todas as medidas, esse valor será devolvido. A empresa está colaborando com a Justiça portuguesa e José Roberto Colnaghi não teve seu passaporte apreendido, tem liberdade de ir e vir em território português bem como em qualquer parte do mundo.
José Roberto Colnaghi não fez confissão de ter presenteado autoridade do Congo ou de agente público de outro país do continente africano. Os advogados do Grupo Asperbras estão trabalhando, por meio de levantamento de provas a fim de refutar essas acusações desprovidas de verdade, que estão circulando em vários veículos e mídias e quando for o pertinente buscar reparações legais junto a Justiça.
Todas as questões relativas a CPI dos Bingos e o ex-ministro Palocci, foram devidamente esclarecidas em 2005.
A Asperbras esclarece também que o perdão da dívida congolesa não teve nenhuma relação com os negócios do Grupo no Congo e tampouco a empresa obteve benefícios com esse ato do governo brasileiro que envolve vários países em África, cujo intuito seria beneficiar empresas para novos projetos com financiamentos junto ao BNDES.
A Asperbras que atua em África desde 2003 e, especificamente no Congo desde 2011, NUNCA obteve financiamento junto ao BNDES para seus projetos em África, sequer prospectou.
A Asperbras continua com seus propósitos em prática de trabalho, investimento, desenvolvimento nos mercados e países em que atua cumpridora de suas obrigações, respeito para com seus colaboradores e parceiros e orgulhosa em empreender e contribuir com o progresso nos países onde atua.
30 de novembro de 2016
Assessoria de Comunicação da Asperbras"