O Exército de Israel intensificou ontem (5) as ofensivas terrestres na Faixa de Gaza, invadida no sábado. O número de mortos nos ataques iniciados em 27 de dezembro atinge 530, e 2.500 pessoas ficaram feridas. Em território israelense, quatro pessoas morreram vítimas de foguetes lançados pelo Hamas.
Pelo menos cinco crianças palestinas morreram em bombardeios nesta segunda, segundo fontes médicas palestinas. Três meninos faleceram em consequência do disparo de um obus a partir de um carro de combate no bairro de Zeitun, em Gaza, e os outros dois em bombardeios da Marinha israelense contra o campo de refugiados de Chati, também na cidade de Gaza, informou o diretor das emergências palestinas, Muawiya Hasanein, que não revelou as idades das vítimas.
AJUDA HUMANITÁRIA
Um comboio de 80 caminhões, de ajuda humanitária internacional, entrou na manhã de segunda-feira na Faixa de Gaza a partir de Israel, no 10º dia da ampla ofensiva iniciada pelo Estado judaico contra o movimento radical islâmico Hamas, que controla o território.
A ajuda – medicamentos e produtos básicos – procede da Grécia, Jordânia, Egito, de empresas privadas e de organizações humanitárias internacionais, em particular a Agência das Nações Unidas de Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA).
GUERRA CONTINUA
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou ontem (5) que a ofensiva na Faixa de Gaza vai continuar, segundo informações da BBC Brasil. “Ainda não atingimos nossos objetivos”, disse. De acordo com Barak, o grupo militante palestino Hamas sofreu um “duro golpe” desde o início dos ataques, há dez dias.
No entanto, o Ministério da Saúde palestino afirma que pelo menos 90 pessoas foram mortas desde o início da ofensiva por terra no último sábado (3). A maioria dos mortos é da sociedade civil, que tentava se proteger em casa.
Durante a noite de domingo para segunda-feira (5), o exército de Israel fez 30 ataques aéreos na região. Fortes explosões foram relatadas no leste da Cidade de Gaza. O território está dividido em duas partes e as tropas israelenses tomaram o controle da principal estrada que o atravessa.
Segundo fontes israelenses, cerca de 4 mil soldados estão dentro de Gaza, apoiados por tanques. Já o acesso de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza foi proibido por Israel.