Veículos de Comunicação

70 Anos De Jornal Do Povo

Jornalismo perseverante

Jornal do Povo completa 70 anos de muitas notícias, em Três Lagoas

Stênio Congro (à esquerda) e Rosário Congro. - Arquivo/JPNEWS
Stênio Congro (à esquerda) e Rosário Congro. - Arquivo/JPNEWS

Manter um jornal com a estrutura e peculiaridades necessárias para a sua circulação, as quais vão desde a compra de papel e demais insumos para sua impressão, além de manter a folha de pagamento de seus funcionários entre outras obrigações, foi e continua um grande desafio. Stênio Congro em 1962, 1º Secretário do Diretório Municipal do Partido Social Democrático – o PSD, recebeu por delegação dos seus companheiros de partido a incumbência de editar e fazer circular o Jornal do Povo, impresso numa modesta maquina impressora de uma folha, marca Minerva e composto tipograficamente – letra por letra.

O JP nasceu inspirado por deliberação e vontade partidária para defender as bandeiras do antigo PSD. Stênio Congro assumiu a missão do bom militante e combativo partidário. Esse espírito o animou para sua iniciação nas lides jornalísticas. Com o passar do tempo o gosto por fazer jornal foi crescendo. O jornal que incialmente era mantido e impresso através da cotização de seus partidários, viu ao longo dos anos diminuírem as contribuições que serviam exatamente para assegurara sua circulação. Mas, sem esmorecimento, Stênio Congro assumiu e garantiu com recursos próprios e com o resultado da venda de assinaturas que ele obtinha – fosse pela sua pessoa ou pelo interesse do assinante em ler um jornal da cidade – a circulação do Jornal do Povo.  

Rompendo o tempo chega hoje na marca dos setenta anos. Hoje é jornal mais antigo em circulação em Mato Grosso do Sul. Lélio de Almeida incumbiu-se da administração das oficinas do Jornal do Povo adquirida pelos partidários do  Partido Social Democrático (PSD) em Três Lagoas. Lélio pela impressão do Jornal do Povo explorava para si os serviços de impressão de notas fiscais e outros impressos. Assim foi com o seu sucessor, Waldemar Cunha, o Serrinha, que continuou com incumbência de imprimir o JP em troca da exploração comercial da sua gráfica para garantir a sua remuneração.

Inicialmente, a  gráfica do JP foi instalada em um antigo prédio substituído pela construção de uma agência bancária na rua Bruno Garcia. Depois suas instalações foram para rua Generoso Siqueira em outro prédio que ficava nas imediações de onde se encontra o Lagos Hotel. Stênio Congro, além de escrever artigos, nos dias circulação do jornal saia da redação altas horas da noite depois de concluir a revisão do jornal que circularia no dia seguinte. Assim foi durante muitos anos, escrevendo artigos, redigindo notícias, revisando textos e a diagramação.