A Energisa tem prazo de trinta dias para apresentar um plano de ação para regularizar o fornecimento de energia na zona rural de Paranaíba. A determinação da Justiça atende Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, após moradores denunciarem apagões e falta de manutenção na rede elétrica.
Neste sábado (15), o Sindicato Rural de Paranaíba publicou a decisão da 2ª Vara Cível em suas redes sociais. Caso a concessionária deixe de cumprir a decisão, estará sujeita a multa diária de R$ 50 mil.
O Juiz de Direito, Dr. Plácido de Souza Neto deferiu parcialmente o pedido do Ministério Público solicitando o cronograma previsto para o primeiro semestre de 2025, tendo em vista a ocorrência de incêndios durante o período de estiagem.
A ação pública instaurada pela promotora de Justiça, Juliana Nonato, registra relatos de consumidores da zona rural, com queixas de problemas no fornecimento de energia na região desde 2018.
A má prestação de serviços, a recorrente falta de energia, a demora no restabelecimento, além de incêndios causados pela falta de manutenção adequada nas redes, foram as queixas mais recorrentes apresentadas pelos moradores da área rural de Paranaíba.
Uma reunião pública realizada em novembro do ano passado, provocada pelo Sindicato Rural com o MPMS, coletou os depoimentos que apontavam a persistência dos problemas e a falta de respostas da empresa.
Os produtores rurais das regiões do Alto Santana, Vila Raimundo, Coqueiro, Toizinho, Figueira, Tamandaré, Ponte do Guihermão, São João do Aporé, alegaram prejuízos na produção de leite, carnes, produtos alimentícios e medicamentos, além da impossibilidade de realizarem atividades cotidianas que necessitem de energia elétrica.
Procurada pela imprensa, a empresa informou que ainda não recebeu a citação, mas que permanece à disposição para informações adicionais, reforçando seu compromisso com a transparência e diálogo.
Foto- Divulgação Sindicato Rural