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DIA DO APOSENTADO

Necessidade de compor renda mantém aposentado no mercado de trabalho

Segundo dados do Serasa, 6 a cada 10 aposentados continuam trabalhando

Renda mensal de boa parte dos aposentados gira em torno de um salário mínimo
Renda mensal de boa parte dos aposentados gira em torno de um salário mínimo | Foto: Reprodução/ Pexel

Uma pesquisa realizada pelo Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, revelou que 6 a cada 10 brasileiros precisam continuar trabalhando após a aposentadoria. O levantamento foi feito em janeiro de 2024, com a participação de 2.841 aposentados.

Djanires Lageano Neto Foto: Karina Anunciato

No Dia do Aposentado e da Previdência Social (24), o Jornal CBN Campo Grande conversou com o pós-doutor em Educação e Gerontologia, Djanires Lageano Neto, sobre o perfil do idoso atual. Conforme o especialista, embora uma parcela dessa população esteja conseguindo desfrutar os benefícios da aposentadoria, outra não consegue desacelerar o ritmo de trabalho por necessidade.

“Essas estruturas familiares vêm se diferenciando e colocando para esse aposentado uma responsabilidade também de provedor familiar, provedor financeiro. Então, ele precisa ter essa complementação, porque também a média de renda nacional é muito próxima do salário mínimo. Quando há uma estrutura familiar com vários componentes, a necessidade de se manter ativo é importante de outras formas, que não seja o trabalho formal, mas o informal”, explicou Neto.

Na área econômica, de acordo com um levantamento do Sebrae, a expectativa é de que, em 2060, 40% do empreendedorismo terá a participação da população com 50 anos ou mais. Segundo Djanires Neto, esse panorama corresponde à realidade, não somente na geração de novas oportunidades de negócios, mas, sobretudo, no mercado consumidor.

“É um público bastante representativo. Se a gente for falar da população idosa no estado, chega a 15%, quase 500 mil habitantes. Então, temos essa relação muito forte e essa comunicação direta. Existe uma empatia dentro desse segmento para gerar oportunidades e fazer com que essas pessoas também se despertem para novas projeções que, até então, elas não conheciam, como a questão da arte, do artesanato, entre outros […] uma economia criativa onde se geram várias oportunidades a partir daquilo que está sendo consolidado no mercado. São pessoas ativas dentro de um sistema de comunicação, porque elas também vão buscar na universidade uma formação digital”.

O pós-doutor em Educação e Gerontologia, coordenador da Universidade da Maturidade da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), falou sobre o trabalho desenvolvido em Campo Grande.

Acompanhe a entrevista completa: