No Dia do Jornalista, autoridades políticas estaduais manifestaram empenho em liberar a vacina contra a Covid-19 para a categoria. O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, defendeu ontem a inclusão de jornalistas no grupo prioritário para vacinação. No mesmo dia, o secretário de estado de saúde, Geraldo Rezende, anunciou que os jornalistas serão os próximos profissionais a receberem a imunização.
O secretário defende que os jornalistas são trabalhadores que se expõem a maior parte do dia. Segundo ele, são profissionais que não pararam de trabalhar em nenhum momento da pandemia porque, afinal, a imprensa é tida como atividade essencial. "Ainda iremos detalhar como serão as etapas e os critérios de imunização. Mas concordamos que a categoria está muito exposta e precisa ser vacinada", declarou.
A exposição ao coronavírus não é apenas um risco, é uma realidade. Prova disso são os dados que aparecem no dossiê "Jornalistas Vítimas por Covid" elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que coloca o Brasil como o país com maior número de mortes pelo novo coronavírus no mundo.
De acordo com levantamento elaborado pela Fenaj, 169 jornalistas morreram por covid entre abril de 2020 e março de 2021 no país. O dossiê também mostra que, em três meses de 2021, o número de mortes supera todo o ano de 2020, quando foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, 86 pessoas perderam suas vidas para o coronavírus.
Mato Grosso do Sul perdeu excelentes profissionais da comunicação para o coronavírus. Em dezembro, o diretor de jornalismo do Grupo RCN, Guilherme Filho, faleceu vítima da Covid-19. Em março, o jornalista Denílson Pinto que também passou pela redação do Jornal do Povo perdeu a luta para o vírus.