A ponte rodoviária, em construção sobre o rio Paraná, a qual interligará os municípios de Três Lagoas ao de Castilho (SP), será entregue com um ano de atraso. A previsão era de que a obra fosse inaugurada em abril de 2015, no entanto, será concluída apenas em abril deste ano, isto se as chuvas não atrapalharem.
“Se o tempo continuar bom, será retomada na próxima semana, daí são necessários pelo menos 60 dias de bom tempo. Acredito que, com folga, podemos falar em abril”, disse o engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Milton Rocha Marinho.
De acordo com o engenheiro, a estrutura da ponte, assim como as obras de drenagem e terraplanagem estão concluídas, restando apenas, as etapas de pavimentação asfáltica dos acessos à ponte, que foram prejudicadas em decorrência das constantes chuvas no município. Por esse motivo, a empresa A. Gaspar S/A, responsável pela construção da ponte, teve que interromper os trabalhos.
Além das chuvas, a readequação do projeto para a construção dos acessos, também contribuiu para o atraso na entrega da obra. Segundo Marinho, o projeto era de 1.999 e necessitava de ser atualizado. No projeto inicial, estava prevista a construção de uma pista simples, com a readequação, foi ampliada.
Essa alteração no projeto foi necessária para atender a nova realidade de Três Lagoas, evitando assim, futuros congestionamento de veículos sobre a ponte, como ocorre sobre a barragem da Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, em Jupiá.
Outro fator que também contribui para que a obra não fosse concluída dentro do cronograma, foi devido uma decisão da Justiça Federal, que bloqueou em setembro de 2014, o repasse de quase R$ 27 milhões do Dnit à empreiteira. O recurso foi liberado nove meses depois, após ser comprovado de que não houve nenhum superfaturamento nessa obra.
Nesse período, a empresa teve que tocar as obras com os recursos que tinha disponível, o que acabou por comprometer o andamento dos serviços. As obras de construção da ponte sobre o rio Paraná, com 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos, foram iniciadas em junho de 2012 e foi orçada em R$ 113 milhões.
A ponte vai absorver o trânsito entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, com duas faixas de tráfego, além de acostamento e passarela para pedestres. Pelo lado de São Paulo, o acesso vai partir da rotatória de início da rodovia Marechal Rondon e, por Três Lagoas, deve começar na rotatória próxima à antiga delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262.