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Curso Profissionalizante

Presos em Três Lagoas fazem curso de pedreiro, barbeiro e manicure

Pronatec oferece cursos em unidades prisionais da cidade

 - Divulgação/Assessoria
- Divulgação/Assessoria

Ao menos 60 presos, em Três Lagoas, vão participar de cursos profissionalizantes oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). As áreas são para manicure e pedicure, pedreiro de alvenaria e barbeiro. As aulas ocorrerão na Penitenciária de Segurança Média, do presídio feminino e do presídio de regime semiaberto.

De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), serão 20 vagas para cada unidade prisional.  Os cursos profissionalizantes atendem a detentos de 21 presídios, de 16 municípios, e envolvem também áreas de assistente administrativo, garçom, padeiro e recepcionista.

A ação integra o programa nacional "Educação Profissional nas Prisões: Pronatec como estratégia de promoção à cidadania”, realizado em uma ação conjunta entre o Ministério da Educação, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Ministério Extraordinário da Segurança Pública, com financiamento do Departamento Penitenciário Nacional/MJ. Em Mato Grosso do Sul, a organização para promoção dos cursos ocorre por meio de parceria entre a Agepen e a Secretaria de Estado de Educação (SED).

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a dificuldade de ingresso no mercado de trabalho aumenta consideravelmente quando o candidato ao emprego é um ex-presidiário, mesmo ele não devendo nada mais à justiça. “O preconceito e o medo de empregar uma pessoa que cometeu um crime e ficou na prisão ainda são muito grandes”, avalia. “Nesse contexto, ter uma profissionalização, com certeza, é um diferencial importante”, afirma.

A chefe da Divisão de Educação da Agepen, Rita de Cássia Argolo Fonseca, destaca que todos os cursos oferecidos possuem certificado de conclusão e de formação profissional, o que permite que a reintegração social do custodiado seja feita de forma que ele tenha uma profissão a seguir e consiga trilhar uma nova vida fora das celas. Além disso, há a possibilidade de redução de pena em um dia a cada 12 horas de estudos.