Conhecido como um forte player de agrogenócios, o Brasil exportou no ano passado cerca de US$ 65 bilhões, o equivalente a 42% do total de exportações, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
São esperados 800 milhões de novos consumidores internos nos próximos cinco anos e o crescimento da população urbana de 50% para 70%.
– A população que produz alimentos vai diminuir e a que consome vai aumentar – avalia o assessor técnico da CNA, Paulo Sérgio Mustefaga, acrescentando que os principais desafios são a melhoria de políticas públicas, cobranças de tributos e crédito, além da atualização do código florestal brasileiros, que é o mesmo desde 1965.
O presidente da Chongqing Grain Group, Hu Junlie da China, afirma que seu país importa cerca de 40% dos alimentos que consome. Além dos problemas geográficos naturais, como o forte frio e o baixo potencial do solo, o executivo considera que pouco foi feito internamente para resolver os problemas.
– O governo atual está tentando resolver este problema, mas muito ainda precisa ser feito – disse Junlie.
No caso da China, o vicepresidente do Conselho Chinês para Promoção do Comércio Internacional, John Zhang Wei, afirmou que “a valorização dos preços dos alimentos está ameaçando nossa segurança alimentar”. Para o Brasil, a alta dos preços de alimentos exportados é benéfica.
– Devemos fazer um sistema de troca de informações sobre agricultura de maneira a evitar a oscilação de preços – completou Zhang Wei.
Já em relação a energia, Zhang Wei acredita que há complementaridade na energia já que Rússia e Brasil são exportadores de recursos energéticos e China, Índia e África do Sul são consumidores de energia.