O drama "Que Horas Ela volta" com Regina Casé e Camila Márdila, foi premiado no Festival de Sundance neste sábado (31) nos EUA, na categoria atuação.
Camila Mardila, que dividiu com Regina o prêmio de melhor atriz, e a diretora Anna Muylaert comemoram a premiação. No Brasil, Regina se manifestou: "Durma-se com um barulho desses! Acordar com um prêmio desses! Parabéns pra nós. Oba, viva!", escreveu ela em sua página do Facebook.
Regina ressaltou a importância das babás e empregadas domésticas. "Todos nós, principalmente as mulheres, convivemos não só com babás, mas com empregadas domésticas desde pequenininhos. Essas pessoas acabaram sendo pessoas tão importantes na minha vida, pessoas com as quais aprendi tanto, que não sabia que tinha um repertório tão grande. Nem tive que fazer pesquisa. Era só abrir o coração, abrir o baú, que vinham os gestos, os termos", afirmou a atriz em entrevista à Globo News.
Val, sua personagem no filme, é uma pernambucana que vive na casa dos patrões em São Paulo, onde também ajudou a criar o filho deles, Fabinho (Michel Joelsas). Tudo sai da rotina quando filha da empregada, Jéssica (Camila Márdila), decide sair de Pernambuco e passar uns tempos com a mãe para prestar vestibular. Inteligente, a menina começa a questionar as regras impostas pelos patrões na casa.
Mesmo debatendo a relação delicada entre patrões e empregada, o filme tem um tom cômico que foi captado pelo público do evento, quando estreou em Sundance, em 25/1.
Após divulgar o trailer com exclusividade, o site Indie Wire comparou o filme de Muylaert a "Histórias Cruzadas" (Tate Taylor, 2011), em que uma jovem escritora decide expor a relação entre patroas e empregadas nos anos 1960 nos Estados Unidos, quando era comum as empregadas ajudarem a educar as crianças dos patrões, mas não poderem nem usar o banheiro da casa.