Gestantes, crianças de seis meses a menores de dois anos e doentes crônicos devem ser imunizados até sexta-feira (2 de abril). Este é o público-alvo da segunda etapa da estratégia de imunização do Ministério da Saúde contra a gripe A H1N1. Desse segundo grupo prioritário foram vacinados 3.730.032 pessoas no Brasil, até o momento.
Em Mato Grosso do Sul, os dados apontam que 32.963 também já receberam a dose, contudo, é importante ressaltar que, do total de 78 municípios, 12 ainda não registraram nenhum dado no Programa Nacional de Imunização de nenhuma das categorias e sete deixaram uma ou duas categorias sem preenchimento no sistema nacional. Esta situação demonstra um dos motivos do resultado abaixo do esperado.
Outro fator que deve ser levado em conta é a falta de procura dos pais para levar os filhos na faixa de seis meses até 23 meses e 29 dias às unidades básicas de saúde para imunização e também a pouca procura das gestantes pela vacina. Mesmo as grávidas podendo ser vacinadas em qualquer período da estratégia é interessante que deem preferência pela vacina neste momento dedicado a elas.
Ainda faltam dois dias, dentro do prazo estabelecido pelo ministério, para que haja a imunização desse grupo. Dessa forma a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pede para que as pessoas dentro do público-alvo estabelecido não deixem de tomar a vacina.
Nesse segundo momento, a meta é vacinar 264.742, sendo que a meta de 80% desse total é 211.793 cidadãos. O ministério enviou para o estado 280 mil doses da vacina para imunizar este segundo grupo prioritário.
Doenças Crônicas para Vacinação
Os pacientes devem consultar o médico antes de tomar a vacina para esclarecer dúvidas e receber orientações
• Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;
criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40.
• Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
• Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex: distrofia neuromuscular);
• Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
• Pessoas com diabetes;
• Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (ex: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
• Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
• Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
• Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
• Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (ex: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
• Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:
Hipertensão arterial pulmonar
Valvulopatia
• Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);
• Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
• Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
• Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
• Pessoas com miocardiopatias (Dilatada, Hipertrófica ou Restritiva);
• Pessoas com pericardiopatias.