A Fundação Chapadão identificou o primeiro foco de ferrugem asiática em Chapadão do Sul na safra 2014/2015. Uma amostra da folhagem da soja foi enviada pela fazenda ao laboratório da Fundação Chapadão, que confirmou o foco da doença.
De acordo com o engenheiro agrônomo Edson Borges, diretor da Fundação, se não for controlada, a doença pode comprometer até 90% da produção e dentro de 18 a 24 dias toda plantação pode ter sido atingida. Na área que foi encontrada a ferrugem já está sendo feito o controle, porém todos produtores devem ficar alertas.
Em Chapadão do Sul segundo ele, são cerca de 120 mil hectares de soja plantada e o estágio atual é o de enchimento dos grãos; o diretor explica que das pragas e doenças que atingem o cultivo de soja, a ferrugem asiática é a que mais preocupa os produtores, pois afeta a produtividade da lavoura.
A entidade recomenda aos produtores da oleaginosa com produção em estado R1, ou seja, em início florescimento, que façam a aplicação do fungicida de combate a ferrugem asiática.
“A soja que não floresceu ainda, os produtores devem acompanhar para ver se tem ferrugem naquela área. Caso os produtores tenham dúvidas podem procurar a fundação, pois os pesquisadores estão a disposição para dar informações”, afirma Edson, que também é pesquisador.
Edson explicou ainda que a propriedade em que foi constatada a ferrugem asiática na última semana já vinha fazendo a aplicação do fungicida específico. O pesquisador acredita que a doença surgiu justamente em decorrência de falha na aplicação, mas a incidência é considerada baixa e por isso sob controle.
O pesquisador faz referência que em outras regiões do Brasil já tem confirmações de focos desta doença, assim alerta aos produtores e consultores a ficarem atentos, pois os prejuízos proveniente do descuido do controle desta doença pode ser bastante comprometedor para o agronegócio “soja” dentro e fora da propriedade.