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Traidores do PL serão colocados na "guilhotina"

Bolsonaro vai expulsar quem apoiar Rose na guerra eleitoral entre duas mulheres em Campo Grande

Colunista da CBN, Adilson Trindade, durante a coluna desta sexta-feira (18)
Colunista da CBN, Adilson Trindade, durante a coluna desta sexta-feira (18)

A reta final do segundo turno da campanha eleitoral em Campo Grande está pegando fogo. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que abandonou Adriane Lopes (PP) para apoiar o deputado federal Beto Pereira (PSDB), ameaçou expulsar do PL quem entrar na campanha de Rose Modesto (União Brasil).

Um do nome de expressão do PL que se aliou a Rose é o deputado estadual João Henrique Catan. Ele sempre foi bolsonarista de carteirinha, mas não seguiu a orientação do ex-presidente para apoiar a reeleição de Adriane Lopes.

Catan pode ser punido se mantiver apoio a Rose. Bolsonaro até aceita a neutralidade, mas não a adesão a Rose por estar rodeada de petistas.

O Correio do Estado levantou essa questão de expulsão dos políticos do PL, que decidiram apoiar a Rose. A ideia de Bolsonaro era mostrar a união da direita e, particularmente, do PL em torno da candidatura de Adriane. Isso não aconteceu. Só ficou na ideia do ex-presidente.

Onde tem detritos de esquerda, Bolsonaro quer os seus seguidores distante. E bem distante de petistas.

Rose se declarou uma política de centro-direita para atrair uma parcela do eleitorado bolsonarista. Só que ela conta com apoio da esquerda.

O PT, depois de fracassar nas urnas com a deputada federal Camila Jara, se aliou a Rose para combater Adriane por estar com Bolsonaro ao seu lado.

REBELDE

Não é só no PL que existem focos de rebeldia. O vereador João Rocha, do partido da Adriane, mudou de lado. Ele declarou apoio a Rose Modesto para surpresa das principais lideranças do PP. O vereador chegou a ocupar a Secretaria de Governo da administração de Adriane.

João Rocha era o político da coordenação política da prefeita para melhorar o relacionamento com a Câmara Municipal e com o governo estadual. Como não foi reeleito, decidiu pular do barco da prefeita para ficar ao lado de Rose.

Algum problema aconteceu de ruim dentro do staff da campanha de Adriane para levar Rocha a romper as relações políticas.

Com essa atitude, Rocha pode ser punido pelo PP. O caso está nas mãos da senadora Tereza Cristina, comandante do PP em Mato Grosso do Sul e quem levou João Rocha para o partido. Tereza só deve tomar medidas depois do segundo turno.

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