Em Três Lagoas, seis motoristas profissionais reprovaram em testes toxicológicos somente neste ano. O uso de drogas foi identificado em exames feitos em laboratórios por determinação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS). A lei está em vigor desde dezembro de 2016 e exige a realização deste tipo de teste em motoristas de caminhão e ônibus, em Mato Grosso do Sul. Já em todo o estado, 15 condutores não passaram na avaliação.
A obrigatoriedade do exame toxicológico para os processos de renovação, reabilitação, adição e mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E passou a valer no estado em 15 de dezembro de 2016 após determinação judicial. O Detran-MS recorreu à Justiça contra a obrigatoriedade e obteve liminar. Porém, nove meses depois, a Justiça Federal revogou a decisão.
De acordo com o balanço, entre os meses de janeiro e dezembro do ano passado, foram feitos quase 2 mil exames toxicológicos em Mato Grosso do Sul, sendo 150 deles em Três Lagoas. 15 foram barrados nos testes de aptidão física, que incluem exame toxicológico, de visão e respiratório. Ele consegue detectar substâncias como cocaína, crack, maconha, anfetamina e suas derivações dentro de 90 dias. O teste deve ser realizado por laboratórios autorizados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que coletam materiais biológicos, como cabelos, pelos ou unhas.
Por ser o principal polo industrial do estado, motoristas de diversas regiões se concentram em Três Lagoas em busca de emprego e melhores salários. Para alguns, o problema do exame está no valor, que atualmente chega a R$ 400. Outros apontam a importância deste tipo de teste apontando riscos nas estradas pelo fato de muitos condutores usarem entorpecentes nas estradas.