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Vamos votar, vamos votar

Leia o Editorial do Jornal do Povo da edição deste sábado (5).

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A palavra de ordem, amanhã, dia de eleições municipais, é a de vamos votar, vamos votar… como dizia o velho e respeitado democrata, Ulysses Guimarães, quando convocava os deputados constituintes para votarem as propostas que deram forma e corpo a atual Constituição Federal, que no dia de hoje completa 36 anos da sua promulgação. Aliás, são inúmeros os artigos da Carta Magna que ainda carecem de regulamentação através de leis ordinárias, mas não o foram por conta da inércia congressual.

Quando se fala e se critica a composição congressual que não é das melhores, há de se lembrar “ruim com ela, pior sem ela”. Regimes autoritários nunca mais. O que precisamos é saber escolher, discernir o candidato bom do ruim e não colocar todos no mesmo e rebaixado nível. Por isso, é que o instrumento do voto, livre e secreto, constitui-se na ferramenta basilar do exercício democrático da livre escolha, de modo que a democracia assentada neste pilar impõe respeito ao resultado soberano das urnas proclamados pela Justiça Eleitoral, que legitima a manifestação popular.

Somos e vivemos em um regime democrático que observa a legislação eleitoral, que especifica e determina esse universo que vai desde a escolha de candidatos, a normatização do pleito eleitoral até o dia das eleições com a apuração do resultado e a consequente diplomação dos eleitos em ato solene. Todo esse processo de reconhecimento de eleição de candidatos que disputaram o pleito, muito bem definido, permite ao eleitor fazer livremente suas escolhas.

E, certamente, é ai que repousa o grande desafio em escolher e votar em alguém que se apresenta preparado para o exercício do mandato que propõe exercer. É essa analise e estabelecimento de critérios que deve nortear o eleitor responsável. Escolher por dever e bem pessoas que tenham potencialmente capacidade para exercer mandato tanto no Poder Executivo como no Legislativo com grandeza, independência, desprendimento e capacidade realizadora.

Servir a sociedade e não se servir é a essência do exercício desse múnus público. Essa é a questão fundamental para se dar um voto de qualidade e confiança para aquele que, quer exercer a representação popular. Esse é o grande desafio. É de conhecimento geral, que hoje um grande contingente do eleitorado não observa como deveria os critérios para uma boa escolha, considerando as influências nocivas de ordem material, ética e moral que interferem na escolha daquele que não valoriza o exercício do voto e nem tem consciência dos benefícios de um mandato legitimo e comprometido com o interesse comum pode fazer por ele próprio.

Mas, a despeito do que se vê e sabe quando a fragilidade de um grande contingente de eleitores, o fato é que não devemos desistir da pregação de que é preciso mudar pela educação e soerguimento desse eleitor como pessoa que quer aprender e crescer em direção a dias melhores. Temos que insistir e alertar para essa questão fundamental, pois o exercício do direito inalienável do voto como instrumento de mudança para a construção de uma sociedade mais justa com menos diferenças socioeconômicas e que resulta na construção e melhoria permanente da sociedade que estamos inseridos.

Amanhã, dia de eleições, o princípio da renovação do tempo de exercício de mandatos eletivos se repete. E nós eleitores, instrumentos da democracia, vamos votar com vontade e espírito cívico, esperançosos de que os eleitos exercem com magnitude seus mandatos. E ao final, possam ser reconhecidos como capazes e bons interpretes das aspirações populares. Vamos votar, vamos votar.