O primeiro dia de competições dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 não poderia ter começado melhor para Três Lagoas e para o Brasil. Na manhã de quinta-feira (8) – início oficial das competições -, o atleta três-lagoense Ricardo Costa conquistou o ouro no salto em distância masculino, na categoria T11, e levantou a torcida brasileira no Estádio Olímpico (RJ). Foi o primeiro ouro do país nos Jogos e a primeira medalha olímpica de um atleta da cidade em sua história.
Numa disputa apertada, Ricardo ultrapassou ninguém menos que o recordista mundial Lex Gillette (EUA) em seu último salto e alcançou 6m52 – sua melhor marca pessoal e a melhor marca da prova: 6m44, que era exatamente do norte-americano.
“Eu estou muito emocionado. É um momento que vou levar pro resto da minha vida! Incomparável!”, declarou o atleta. “Eu senti que o ouro tava perto quando finalizei o salto. Ali, realmente, eu senti que era o ouro”, completou.
Ricardo é irmão da também atleta Silvânia Costa, que compete nos próximos dias. “Agora estou na torcida por ela”, contou ele em entrevistas a emissoras de rádio e TV de todo o país.
“Sou o maior fã de minha irmã”, revela. Numa mesma entrevista, Silvânia devolve o afago. “Meu irmão é um vencedor. Tinha mesmo direito de conquistar esta medalha”.
Na casa da família, em Três Lagoas, não houve nenhum outro assunto em toda a semana, antes mesmo da conquista de Ricardo. Centenas de amigos e familiares foram cumprimentar a mãe dos atletas, dona Maria Eunice. A casa e a conquista de Ricardo se transformaram em ponto de referência. “Agora nossa torcida é pela Silvânia”, diziam familiares.
A atleta que quebrou duas vezes o recorde mundial de salto em distância no final do mês passado, ainda em treinos, espera repetir as marcas. Silvânia compete apenas na próxima sexta-feira, dia 16, na prova de salto em que é favorita, como líder do o ranking mundial com 5,46m.
Em entrevista à TVC – Canal 13, no mês passado, disse que quer conquistar uma medalha para “aumentar a coleção” e para contribuir com o reconhecimento de atletas paralímpicos no país. “Acho que estes resultados serão importantes para todo o mundo. As pessoas vão nos reconhecer ainda mais como pessoas comuns”, disse.