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Terrorismo?

Ministro diz que grupo preso era amador e fez juramento ao Islamismo

A Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelo grupo em redes sociais como Telegram e Whathsapp.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explica a operação da Polícia Federal que prendeu um grupo suspeito de planejar atos terroristas a 15 dias da Rio 2016 - José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, explica a operação da Polícia Federal que prendeu um grupo suspeito de planejar atos terroristas a 15 dias da Rio 2016 - José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse hoje (21) que parte dos dez brasileiros presos nesta quinta-feira, após trocarem mensagens preparatórias sobre a realização de atentado terrorista no Brasil, fizeram, via internet, um juramento de lealdade ao Estado Islâmico (EI).

Conforme o ministro, trata-se de um grupo amador que, no entanto, não pode ser ignorado pelas forças de segurança pública. “Era uma célula amadora, sem nenhum preparo planejado. Uma célula organizada não tentaria comprar uma arma pela internet. É uma célula desorganizada”, acrescentou.

Moraes informou que, além do juramento pela internet, conhecido como “batismo”, não houve contato direto dos brasileiros com o Estado Islâmico por e-mail ou pessoalmente. Também não há indícios de que eles recebiam financiamento do Estado Islâmico. Os homens foram presos em dez diferentes estados, durante a Operação Hashtag, da Polícia Federal (PF).

O ministro explicou que o grupo de  brasileiros considerava inicialmente que o Brasil seria um espaço neutro em relação a rota de ataques do Estado Islâmico, mas passou a entender que, com a proximidade dos Jogos Olímpicos, entraria na rota de atuação do grupo, já que vai receber grande quantidade de turistas e atletas estrangeiros.

“Houve contato com o Estado Islâmico via internet, além de atos preparatórios. Esse grupo deixou de entender que o Brasil seria um estado neutro e, com as Olimpíadas, poderia se tornar um alvo”, esclareceu o ministro da Justiça.

A Polícia Federal monitorou mensagens trocadas pelo grupo em redes sociais como Telegram e Whathsapp e descobriu ações preparatórias como planejamento para início de treinamento de artes marciais e o contato feito com um site de armas clandestinas no Paraguai para a compra de um fuzil.

De acordo com Alexandre de Moraes, não há confirmação de que a compra tenha sido concretizada. As mensagens foram monitoradas com autorização judicial pela Divisão Antiterrorismo da PF. Moraes destacou que essa é a primeira prisão com base na lei antiterrorismo.

(Agência Brasil)