O diretor administrativo, Luiz Fernando Elias, disse em entrevista à Rádio CBN Campo Grande nesta quinta-feira (03), que 30 leitos são para a covid-19 e 20 para a enfermaria. Leitos que são desmanchados para atender à covid, acabam desfalcando outras alas. “A cada leito que se monta num local, outro é desmantelado. Perdemos inúmeros médicos para outros hospitais. Em Campos Grande, os especialistas que sabem atuar contra a covid estão reduzidos”, ressaltou.
Há duas semanas com 100% dos leitos lotados por conta da grande internação de pacientes com covid-19, o Hospital do Proncor destinou uma ala isolada para atendimento ambulatorial e outra para a unidade de tratamento intensivo (UTI), onde a circulação de pessoas é extremamente restrita.
Outra grande dificuldade segundo ele, é referente às relações entre as equipes de profissionais no dia a dia, e que as mudanças de logísticas para atender à demanda gera um transtorno grande para o hospital. “Os médicos e as equipes em geral estão estressados. Nós esperávamos esse caos devido o comportamento da população. As pessoas em pé nos bares, em filas se aglomerado. Mesmo com as campanhas de saúde e com o apelo do Ministério Público, os protocolos não estão sendo seguidos”, explicou.
Dr. Luiz Fernando diz que está alinhando orientações com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), para intensificar as medidas de biossegurança, e faz um alerta. “Se a população continuar do jeito que está, a coisa vai ficar feia. A imunidade de rebanho fica mais difícil e estamos perto do caos”, finalizou.