A rede pública de saúde vai ampliar a cobertura de vacinação contra a meningite. A dose fornecida hoje pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protege apenas contra o tipo C. A nova imunização incluirá outros três grupos: a Meningococo tipo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Na rede privada há ainda a vacina meningocócica tipo B e que vai continuar fora da lista do governo federal.
A informação foi dada pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que afirmou que a decisão já foi tomada pelo Ministério da Saúde, mas que ainda não há data definida para entrar em vigor, já que ainda precisa realizar o pregão eletrônico para compra da vacina conjugada.
Com a novidade, muitas mães que optam em complementar as doses pela rede privada de saúde, poderão economizar um pouco mais. A fisioterapeuta Adriana Ortega é mãe de Victor Emanuel, de 1 ano, e não hesitou em complementar a vacinação na rede privada. “Gastei mais de R$ 900 com as vacinas que o SUS não oferta. Pela saúde do meu filho vale mais gastar agora com a proteção do que com tratamento futuro”, frisa.
Em Três Lagoas, uma dose da vacina ACWY custa aproximadamente R$ 450. Já a dose contra o tipo B custa, em média, R$ 745.
ESQUEMA VACINAL
De acordo com a coordenadora do Setor Municipal de Imunização, Humberta Azambuja, a vacina tipo C deve ser aplicado aos 3 meses de idade a 1ª dose e a ª, aos 5 meses. Depois, entre os 11 e 14 anos de idade há uma dose de reforço.
INCIDÊNCIA
Neste ano, Três Lagoas registrou um caso confirmado e dois no ano passado. Em todos eles, segundo o Departamento de Vigilância Epidemiológica, foram do tipo não transmissível. No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, em 2018 foram registradas 1.072 ocorrências com 218 mortes. O sorogrupo C é o principal causador de doenças meningocócica no país.
SINTOMAS
Os sintomas incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço, além de mal-estar, náusea, vômito, status mental alterado. A meningite bacteriana pode agravar para convulsões, delírio, tremores e coma, de acordo com especialistas.