Estudo publicado no American Journal of Obstetrics & Gynecology indica que amamentar por 1 ano ou mais pode reduzir em 13% o risco de enfarte. O índice de proteção pode chegar a 37% quando o tempo de aleitamento, consideradas todas as gestações, ultrapassa dois anos.
O benefício foi observado em mulheres cujo último filho havia nascido até 30 anos antes. É a primeira evidência de que o tempo acumulado de amamentação pode influenciar a saúde cardiovascular no longo prazo.
A pesquisa acompanhou entre 1986 e 2002 dados de 89.326 mulheres que tiveram pelo menos um filho. Dessas, 63% já haviam amamentado. “Naquelas em que o tempo foi menor que um ano, não notamos diferença em relação às que nunca amamentaram”, conta Alison Stueb, principal autora do estudo.
Os pesquisadores levaram em consideração fatores como idade, número de partos, peso, história familiar e hábitos como dieta e exercícios.
Uma das hipóteses levantadas pela autora é de que a amamentação tenha um efeito antiestresse de longa duração. “Quando a mulher amamenta, o corpo produz o hormônio oxitocina, que melhora a resposta ao estresse. Se você colocar uma mulher que acabou de amamentar em uma situação desconfortável e medir sua frequência cardíaca, pressão arterial e seus níveis de hormônios ligados ao stress, eles serão menos elevados do que os de uma mulher que amamentou seu filho com a mamadeira”, explica.
“Talvez esse efeito protetor continue existindo muito tempo depois naquelas que amamentam por longos períodos”, opina.