O antirretroviral atazanavir 300 miligramas (mg), em falta na rede pública de saúde, deve chegar às unidades dispensadoras de medicamentos na próxima semana, de acordo com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, responsável pelo combate a doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Ontem (17), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou que a pasta enfrenta problemas por causa da falta do medicamento, utilizado no tratamento contra o HIV/aids. Medidas como o fracionamento da entrega e a substituição temporária do remédio foram tomadas e, segundo ele, não houve risco ao tratamento de nenhum paciente.
O departamento de DST, Aids e Hepatites Virais informou que o primeiro lote do atazanavir 300 mg, com 4,95 milhões de comprimidos, chegou a Brasília na tarde de ontem e será enviado aos estados entre os dias 22 e 25 de março. Ao todo, 700 unidades dispensadoras de medicamentos devem fazer a distribuição.
O órgão esclareceu que não houve desabastecimento dos antirretrovirais didanosina 400 mg e saquinavir 200 mg, mas uma recomendação de remanejamento dos estoques e da programação de distribuição para que não houvesse descontinuidade no tratamento.
No último dia 3, o país recebeu um lote com 600 mil cápsulas de didanosina 400 mg. Já a cobertura do saquinavir 200 mg, de acordo com o ministério, está garantida até a primeira quinzena de abril. A previsão é que, na próxima semana, o produtor do remédio faça uma entrega antecipada de parte do primeiro lote.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais divulgou uma nota técnica com orientações aos médicos até que a situação seja normalizada.