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Anvisa coloca limite em dose diária de emagrecedor

O estudo indicou que o risco de desenvolver problemas cardiovasculares aumenta em 16% nos indivíduos que utilizaram o produto

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a dose máxima que um médico pode prescrever da substância sibutramina, bastante usada em remédios para emagrecer: 15 miligramas diárias. Em março, a agência resolveu incluir o medicamento no rol das substâncias psicotrópicas anorexígenas.

Com a mudança, a tarja da sibutramina mudou de vermelha para preta e o remédio passou a ser vendido apenas com a apresentação do receituário azul, com numeração determinada e controlada pela vigilância sanitária. A receita branca não oferece o mesmo controle.

Mas a resolução de março não especificou o tempo máximo de tratamento que poderia ser informado na receita. Até a resolução RDC n.º 25/2010, divulgada nesta quinta-feira (1º), o período da terapia era de, no máximo, 30 dias. Rosana Radominsk, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) diz que "a decisão foi acertada".

Em janeiro deste ano, a Anvisa divulgou um alerta para os profissionais de saúde sobre o uso da substância, já que um estudo demonstrou aumento do risco cardiovascular não fatal nos pacientes tratados com o remédio. O estudo indicou que o risco de desenvolver problemas cardiovasculares aumenta em 16% nos indivíduos que utilizaram o produto, na comparação com os que receberam placebo (dose "de mentira", sem a substância). Por causa disso, a União Europeia proibiu a venda do remédio no território.