Veículos de Comunicação

Em Humanos

Bairros com casos de Leishmaniose são alvos de ações de bloqueios

Ação ocorre após a confirmação de 2 casos da doença em humanos no Jupiá e Jardim Atenas

Bloqueio químico nas residências é uma das medidas contra a Leishmaniose - Divulgação
Bloqueio químico nas residências é uma das medidas contra a Leishmaniose - Divulgação

Após a confirmação de dois casos de Leishmaniose Visceral em Humanos nos bairros Jupiá e Jardim Atenas nesta semana, em Três Lagoas, a Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento, decidiu intensificar as ações de bloqueio ao avanço da Leishmaniose em toda a cidade, especialmente, nestes bairros.

“Feita a investigação dos dois casos [um homem de 27 anos e um menino de 6 anos], nossas equipes são mobilizadas para uma série de ações, seguindo o procedimento padrão do Ministério da Saúde, entre elas, o bloqueio, que é realizado num raio periférico de nove quadras, o equivalente a 900 metros”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde e Saneamento, Geórgia Medeiros de Castro Andrade.

Entre as ações do bloqueio estão as visitas a todas as residências, com a participação das equipes de Agentes de Endemias, Promoção em Saúde e a equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que realiza também busca ativa de animais doentes, com sintomas da Leishmaniose. Além da residência dos pacientes, diagnosticados com a doença, todas as demais casas dessa área de 900 metros são visitadas.

Para tanto, “nossa equipe de Agentes de Endemias, devidamente identificados e uniformizados, bate de porta em porta, colocando cada morador a par do ocorrido, avisando que houve recentemente caso confirmado de Leishmaniose visceral humana ou de leishmaniose visceral canina”, explicou a diretora de Vigilância em Saúde.

São fiscalizados os quintais e interior das residências e, nas casas que têm cachorro, os Agentes de Endemias também verificam se os animais estão doentes e orientam sobre posse responsável e cuidados que devem ter para manter a saúde dos animais de estimação.

A DOENÇA

A Leishmaniose é uma doença não contagiosa e a transmissão do parasita ocorre através da picada do mosquito fêmea infectado. Os principais sintomas da doença visceral são indisposição, anemia, febre, perda de peso e inchaço no baço, fígado e gânglios linfáticos.

Nas visitas domiciliares e em todo o material educativo que distribuímos, é ressaltado que, “a principal prevenção é manter casas e quintais sempre limpos, evitando o acúmulo de lixo, entulhos de construção, madeiras e, principalmente, material orgânico (frutas, fezes de animais e folhas de árvores) em decomposição”, ressaltou Geórgia.

Segundo ela, todo esse material é propício à formação de criadouros e proliferação do mosquito flebótomo, também conhecido como “mosquito palha”, vetor da Leishmaniose.

BLOQUEIO QUÍMICO

O bloqueio químico é uma outra ação que é realizada, usando a pulverização costal manual de inseticida próprio em todos os cômodos das residências, onde foi constatada a presença do mosquito, vetor da Leishmaniose.

A identificação do vetor é feita em laboratório com as espécies capturadas por meio de armadilhas apropriadas, que são instaladas em locais apropriados ao anoitecer e retiradas no outro dia, ao amanhecer.