Diante do aumento no número de casos da dengue no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, que sua pasta faz estudos para controlar a expansão do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
“As pessoas têm dificuldade de colocar na sua rotina os cuidados para combater o mosquito, como não manter água parada e cuidar das caixas d’água”, disse. E detalhou o plano. “Trata-se de um experimento em que colocamos o Aedes com a Wolbachia, que é um tipo de solução em que se põe um mosquito que não transmite junto a outro que transmite. Houve estudos 'pilotos 'em algumas cidades e devemos fazer o primeiro uso em Campo Grande”, anunciou.
De acordo com dados do ministério, o número de casos de dengue em Mato Grosso do Sul creceu 913% em comparação ao mesmo período do ano passado. Até o dia 16 de março, o Estado notificou 10.116 casos. No mesmo período de 2018, foram 999 – 368 casos para cada 100 mil habitantes neste ano, com três mortes.
Mandetta disse que o Instituto Butantan, de São Paulo (SP), está na última fase de testes de uma vacina contra a dengue, que deve ficar disponível já no ano que vem, hoje já com sucesso em 86% dos testes em quatro sorotipos da doença. “Se tudo der certo, nosso país continuará tendo casos de dengue, porém epidemias nunca mais”, disse.
O ministro pediu apoio dos senadores para que as verbas para a área sejam aumentadas.