pular brasileira terminou. Muitas pessoas retornaram à cidade natal deixando para trás as quatro noites de folia, levando novas histórias na mala. De volta à rotina, a preocupação com a saúde é observada principalmente pelo Programa Municipal de DST/Aids/HIV de Três Lagoas.
De acordo com dados da unidade, aumentou a procura por exames de HIV, Sífilis e hepatites B e C. Somente anteontem, primeiro dia útil para as repartições públicas após o Carnaval, o Programa DST realizou 10 exames na cidade.
A média diária é de cinco testes feitos em períodos sem feriados, segundo a psicóloga e coordenadora do programa, Susie Donero. “A procura oscila bastante em dias comuns. E não ultrapassa de 12 exames feitos em um dia”, disse.
Embora o número não seja expressivo, Susie disse acreditar que a quantidade de interessados em testes do tipo aumente ainda mais a partir da próxima semana.
Além disso, ressalta que a confirmação da presença dos vírus no organismo leva 30 dias. “Se a pessoa teve relação sexual ontem somente após um mês o vírus irá se manifestar”.
Mas,não significa que não haja outros mecanismos para se descobrir se a pessoa está infectada. “O ideal a partir daí é passar por uma triagem médica. É feito o exame de sangue e o acompanhamento clínico dessa pessoa”.
CONTAMINAÇÕES
O número de pessoas diagnosticadas com o vírus HIV é expressivo em janeiro, na cidade, em comparação à média de 2015. Em todo o ano passado foram registrados 55 casos positivos pela unidade de saúde. Somente em janeiro, seis novos casos foram detectados. O número é superior à média anual de registros, que foi de 4,5 em 2015, de acordo com registros divulgados por Susie Donero.
Para usufruir do programa não é necessário nenhum tipo de encaminhamento médico ou credenciamento para acesso aos testes e atendimento especializado. “Apesar de muitas pessoas procurarem a unidade, falta conhecimento da rapidez e autonomia em vir até aqui. São exames rápidos, precisos e totalmente sigilosos”, afirma Susie.
O programa atende além de Três Lagoas, os municípios de Brasilândia, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Bataguassu e Água Clara.
MELHOR REMÉDIO
A prevenção continua sendo o melhor remédio para contaminações por doenças sexuais. É clichê, mas a máxima nunca sai de moda. “O uso de preservativos é sempre a primeira orientação e, claro, a maior parte da contaminação dos vírus de HIV, Sífilis ou hepatite B e C é em decorrência do sexo desprotegido”, pontua a coordenadora.
No prédio onde funciona o programa (rua Bom Jesus da Lapa, número 1078, no bairro Vila Nova), a distribuição de preservativos é gratuita. Em média, 50 mil preservativos masculinos e 500 femininos são retirados por jovens e até por pessoas da terceira idade por mês.