Três Lagoas registrou aumento de 37% de casos confirmados de dengue dentro de um mês, segundo o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o levantamento, em julho, o município contabilizava 117 casos confirmados da doença. Neste mês, subiu para 161.
Quanto aos casos suspeitos, foram 628 notificações mês passado e 779, em agosto. O aumento foi de 24%. O número é considerado de alta incidência, já que corresponde a mais de 300 casos por 100 mil habitantes.
Para combater a alta incidência no município, o Setor de Vigilância em Saúde e Saneamento, possui, desde abril deste ano, possui kits para testes rápidos de dengue, importantes para o diagnóstico precoce da doença.
Três Lagoas possui 32 kits de testes rápidos de dengue e, de acordo com a bióloga e diretora do setor, Geórgia Medeiros de Castro Andrade, foi adquirido uma nova remessa de 40 kits, que deve chegar em, no máximo, em uma semana. Esse material está disponível no Laboratório Municipal, onde são feitos, desde abril, os exames de sague para o teste rápido de diagnóstico da dengue.
Como funciona
Havendo suspeita da doença, conforme apresentação do quadro dos conhecidos sintomas da dengue, “a coleta de sangue é feita na Unidade Básica de Saúde, onde o paciente é atendido, e a amostra é imediatamente levada para o Laboratório Municipal, onde é efetuado o teste. O resultado sai em pouco mais de 30 minutos”, assegurou a diretora.
O teste rápido de dengue não substitui nem dispensa a necessidade de exames laboratoriais para o teste de sorologia da doença, que vem se apresentando em quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).
“Em Três Lagoas, conseguimos isolar o vírus circulante da dengue, o DENV-2, que é o mais ameno”, informou a bióloga e entomologista da SMS.
O teste rápido, como ressaltou a diretora de Saúde, “é uma triagem inicial, que dá suporte ao médico para o início imediato do tratamento, mas que deverá ser confirmada com os exames sorológicos que, até agora, são feitos somente em Campo Grande, no LACEN-MS (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) e isso demanda tempo de espera para a confirmação dos casos de dengue”.