O número de casos suspeitos de dengue em Três Lagoas aumentou 81% em apenas uma semana. Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, as notificações saltaram de 123 para 223 no período de 19 de janeiro até o dia 26, terça-feira.
O novo balanço sobre a doença no município aponta para 100 novos casos suspeitos, se comparado com o último diagnóstico, o que corresponde a 8,3 novos casos por dia em Três Lagoas.
Ainda segundo o boletim, de todos os casos registrados, seis foram confirmados por meio de exames laboratoriais. O restante aguarda resultado, sendo que nenhum deles foi descartado como negativo até o momento.
Conforme o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti, Três Lagoas apresenta atualmente 3,5% de taxa infestação do mosquito, sendo três vezes superior ao preconizado pelo Ministério da Saúde.
Força-tarefa
Na tentativa de evitar uma epidemia de dengue na cidade, uma força-tarefa foi criada para combater o mosquito Aedes aegypti, que também transmite o zika vírus e a febre chikungunya. O grupo é formado por soldados da 2ª Companhia de Infantaria do Exército, agentes comunitários de saúde e de endemias.
Desde o dia 18, quando foi deflagrada a operação, eles já vistoriaram 4.478 imóveis e encontraram 136 focos do mosquito. “Na primeira semana de monitoramento percebemos que há focos do mosquito por toda a cidade e que Três Lagoas ainda corre o risco de epidemia”, observou. Ele explica que o objetivo da força-tarefa é sensibilizar a população da importância de manter os imóveis limpos para que não haja depósitos propícios à proliferação do Aedes.
Também foram recolhidas, neste período,12 toneladas de materiais que seriam possíveis focos de dengue. Além da dengue, a preocupação da saúde também gira em torno da febre chicungunha e do zika vírus. No ano passado, a cidade teve um caso confirmado da chicungunha e nenhum caso de zika até o momento.
Grande parte dos focos do Aedes foi encontrado em residências: 93. Nesse caso, foram visitadas 2.739 casas. Dos 1.360 estabelecimentos comerciais vistoriados 30 apresentaram focos da larva do mosquito. Também em terrenos baldios, instituições públicas e igreja.