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Problemas Pós-parto

Cerca de 70% das mulheres têm queda de desejo sexual

Disfunção resulta de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais

Mulheres precisam de tratamento especializado - Divulgação/Merck
Mulheres precisam de tratamento especializado - Divulgação/Merck

Cerca de 70% das mulheres brasileiras apresentam queda do desejo sexual depois do parto e mais da metade sente dor durante o sexo. É o que revela pesquisa realizada pelo projeto “Mães que pensam naquilo”, programa de empoderamento feminino na área de qualidade vida e sexualidade no pós-maternidade.   

Um dos dados que mais chama a atenção é que apenas uma pequena parte das mulheres que sentem dor na relação, menos da metade, procura ajuda de um profissional médico. A pesquisa foi realizada entre os meses de maio e junho deste ano, com 108 mulheres. A maioria das respondentes tem entre 31 e 40 anos, foram mães entre 21 e 31 anos, tem um filho e deram à luz por cesárea.

A iniciativa da pesquisa surgiu de duas mães que enfrentavam problemas em relação à sexualidade depois do parto. “Foi incrível a quantidade de mulheres que começaram a participar do grupo em busca de ajuda. Quando pesquisamos na internet, percebemos que não há um projeto dedicado ao tema, apenas alguns artigos, com pouca profundidade”, explica Leda Sangiorgio, uma das idealizadoras do projeto.

“A disfunção sexual nas mulheres resulta de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais, bloqueando parcial ou totalmente a resposta sexual relacionada ao desejo, à excitação e ao orgasmo. Isso pode ocorrer em qualquer fase da vida, porém durante a gravidez e no pós-parto, os problemas são mais comuns do que se imagina”. 

A pesquisa deixa claro que o diagnóstico das disfunções sexuais é baixo, uma vez que poucas mulheres procuram o médico para relatar seus problemas. Entretanto, a sexualidade é fundamental para a qualidade de vida e também para o relacionamento a dois. 

“Percebemos que os problemas são diversificados. O sexo é apenas parte da questão. A mulher precisa encarar um novo corpo, estresse, as múltiplas funções, o medo de engravidar de novo, e outros fatores que limitam uma vida sexual e amorosa saudável depois dos filhos”, conta Carol Martins, também idealizadora do projeto. (Com informações do portal maesquepensamnaquilo.com.br)