De janeiro a outubro deste ano, 171 casos suspeitos de leishmaniose em humanos foram registrados, em Três Lagoas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Cinco tiveram a confirmação da doença, uma paciente ainda aguarda o resultado do exame laboratorial.
A incidência é considerada alta pelo setor da Saúde, o que faz com o município fique na lista dos maiores índices de leishmaniose em Mato Grosso do Sul. Por conta do disso, a secretaria instalou armadilhas em casas, que ficam em bairros que registraram casos da doença.
O monitoramento é feito por meio de armadilhas tipo CDC, da sigla em inglês – "Centers on Diseases Control and Prevention" – que significa Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Estas armadilhas são colocadas, por três dias consecutivos, no interior e na área externa das casas ao entardecer, para serem retiradas ao amanhecer.
As espécies de insetos, capturadas pelas armadilhas são recolhidas e levadas ao laboratório do Setor de Entomologia para a identificação. O objetivo é conhecer a distribuição sazonal e abundância relativa das espécies de flebotomíneos, presentes em Três Lagoas, para saber qual o período mais favorável de transmissão de doenças.
As armadilhas funcionam com energia elétrica e possuem iluminação, atraindo os insetos, que ficam presos ao se aproximar. Elas vão funcionar por três noites consecutivas, após o anoitecer. Na manhã seguinte, a equipe de agentes de endemias vai até o local onde as armadilhas foram instaladas para retirar os mosquitos, os “flebótomos” ou “mosquitos palha”, como também são popularmente conhecidos.
Uma morte pela doença foi registra em abril deste ano na cidade. a vítima foi um homem de 53 anos, morador do bairro santa júlia. situação essa que deixa as autoridades da área em alerta. para tentar diminuir a incidência, equipes do setor de endemias e da diretoria de vigilância em saúde e saneamento percorrem bairros, realizam limpeza e orientam os moradores. tudo para controlar o vetor da doença.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é o mosquito-palha.