A falta dos medicamentos Biperideno e Carbamazepina no Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Três Lagoas vêm causando problemas à família do aposentado Jurandir Ferreira Amaro, de 65 anos.
O filho dele, o jovem Gelson Divino de Freitas, 26 anos, faz uso contínuo de remédios controlados há seis anos, desde que foi espancado em uma briga e, desde então, sofre com distúrbios psicológicos, que só são evitados tomando os remédios. No entanto, Jurandir declarou ao JP News que há três dias busca pelos medicamentos, mas não consegue. O motivo é a falta dos medicamentos na rede pública de saúde do município.
“Em seis anos esta é a primeira vez que faltam os remédios, mas ele não pode ficar sem nenhum dia. Sem os remédios necessários meu filho sofre constantes surtos. Às vezes ele até sai de casa, anda pelas ruas sozinho e volta só de madrugada. Fico muito preocupado”, desabafa o aposentado.
O aposentado procurou a Polícia Civil para registro de um boletim de ocorrência. Como forma de manifesto foi ao prédio da Prefeitura com o objetivo de obter uma resposta.
OUTRO LADO
Em nota a Secretaria Municipal de Saúde informou que no final do ano passado foi encerrado o processo licitatório da aquisição de medicamentos pactuados e não pactuados pelo município. A assessoria garantiu que em breve a distribuição será totalmente normalizada.
Foram licitados 118 medicamentos entre remédios pactuados e não pactuados. Dos pactuados, o processo licitatório já foi encerrado e empenhado, sendo que até o momento a maior parte das mais de 20 empresas que ganharam a licitação realizou o repasse dos medicamentos. Há uma pequena parcela de medicamentos que deram licitação fracassada. A assessoria disse ainda que um novo processo licitatório foi feito. Em relação aos medicamentos não pactuados, os quais incluem os remédios utilizados por Freitas, também já foi encerrado o processo licitatório, informou.
A Assistência da Saúde declarou em nota que nesta quarta-feira, 6, entrou com o processo de notificação contra as empresas que ainda não repassaram os medicamentos citados, sendo que já encerrou o período de entrega e também não justificaram o motivo da demora do repasse. O prazo de compra de ambos os processos licitatórios é de um ano.