Após o aumento de 80% no número de casos de dengue, em Três Lagoas, o “fumacê” passou a ser utilizado como mais um reforço no combate ao mosquito Aedes aegypti, que também transmite o zika vírus e a chikungunya. O serviço é uma nebulização de inseticidas líquidos que matam os insetos adultos enquanto estão voando e começou nesta segunda-feira, 1°, em vários bairros da cidade.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o combate ocorrerá inicialmente onde a quantidade de casos de dengue é maior. Os primeiros pontos a receber o fumacê são Santa Rita, Nossa Senhora das Graças, Novo Ipanema, Nossa Senhora Aparecida e Nova Três Lagoas. Também compreenderá os bairros Santa Terezinha, Jardim Maristela, Jardim Itaramati e Vila Haro.
Cada aplicação dura em média 40 minutos e são feitas em dois turnos, em horários estratégicos, sendo das 4h às 8h e das 16h às 20h. O Setor de Endemias pede a colaboração dos moradores para que deixem janelas e portas abertas durante a passagem do fumacê. Caso o morador tenha pássaros de estimação, a gaiola deve ser coberta.
Segundo dados do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, as notificações saltaram de 123 para 223 no período de 19 até o dia 26 de janeiro. O novo balanço sobre a doença no município aponta para 100 novos casos suspeitos, se comparado com o último diagnóstico, o que corresponde a 8,3 novos casos por dia em Três Lagoas.
De todos os casos registrados, seis foram confirmados por meio de exames laboratoriais. O restante aguarda resultado, sendo que nenhum deles foi descartado como negativo até o momento.
Conforme o Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti, Três Lagoas apresenta atualmente 3,5% de taxa infestação do mosquito, sendo três vezes superior ao preconizado pelo Ministério da Saúde.
Força-tarefa
Soldados da 2ª Companhia de Infantaria do Exército também auxiliam no combate ao mosquito ao lado de agentes comunitários de saúde e do setor de endemias. Eles já vistoriaram mais de 4,4 mil imóveis e encontraram quase 200 focos do mosquito, desde o dia 18 de janeiro, quando foi deflagrada a operação na cidade. Grande parte dos focos do Aedes foi encontrado em residências. Também foram recolhidas, neste período, 12 toneladas de materiais que seriam possíveis focos de dengue.