Começa nesta segunda-feira (25) em todo o Brasil a vacinação contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína, para crianças entre dois a quatro anos de idade. O prazo para que elas tomem a dose vai até o dia 2 de junho – ao todo, há 9,6 milhões de crianças brasileiras nessa faixa etária, segundo o Ministério da Saúde.
Inicialmente, as crianças de dois a quatro anos não faziam parte da população com direito a receber a vacina grátis em razão de não estarem entre os que apresentavam casos mais graves ou mortes por causa da gripe. No entanto, vacinar os pequenos dessa idade já era uma recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O Ministério da Saúde diz que resolveu mudar a estratégia por ter um estoque estratégico de 10,8 milhões de doses, que foram “reservadas para eventualidades durante a campanha”.
Um detalhe importante é que, assim como aconteceu com as crianças de seis meses a dois anos, a dose será dividida em duas. Por isso, 21 dias depois da primeira aplicação, as crianças precisam ser levadas de novo aos postos para tomar a segunda parte da vacina.
Pessoas de outras faixas etárias que ainda não se vacinaram até esta sexta-feira (21), data oficial do fim da campanha, também poderão tomar a dose durante esse período. É o caso de pessoas de 30 a 39 anos e grávidas. O ministério diz em nota que recomenda que as secretarias estaduais e municipais ofereçam a dose para "pessoas pertencentes aos demais públicos-alvos que por ventura não tenham atingido a meta de cobertura nessas cidades".
– Isso inclui doentes crônicos, crianças de seis meses e menores de dois anos e adultos de 20 a 29 anos. Os idosos que ainda não se vacinaram contra a gripe comum também poderão ser imunizados até o dia 2.
Ainda há grupos em que o nível de vacinação é preocupante. O governo quer vacinar 80% do total de pessoas incluídas em cada parcela da população que deve se vacinar, mas certos grupos ainda não atingiram essa meta. É o caso das gestantes, que atingiram apenas 68% da meta de vacinação, adultos de 20 a 29 anos (77%) e de 30 a 39 anos (37%). Para o governo, o maior desafio da campanha de vacinação é imunizar os adultos entre 20 e 29 anos, que, por se sentirem saudáveis e não terem muito o hábito de irem a postos de saúde, resistem mais.