Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids) apontam que o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001.
Segundo o relatório, divulgado nesta terça-feira (24), todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) deste índice.
A África Subsaariana, que concentra 60% dos infectados no mundo, registra uma queda de 15% em novas transmissões –o que significa, aproximadamente, 400 mil pessoas a menos.
Na Ásia Oriental –região na qual se esperava uma explosão da doença– houve queda de 25% nas contaminações, enquanto o Sudoeste Asiático registrou declínio de 10%. A região com os piores índices é a Europa Oriental, onde a epidemia se "estabilizou" devido ao uso de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas.
"A boa notícia é que temos evidencias de que as quedas que estamos vendo se devem, ao menos por parte, à prevenção". disse o diretor do Unaids, Michel Sidibé. "Entretanto, as descobertas mostram que, às vezes, os programas de prevenção não resultam em nada, e que se melhorarmos a obtenção de recursos para que os programas atuem onde há mais impacto, haverá um progresso maior e se salvarão mais vidas."
No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o vírus da Aids. Embora este número signifique um crescimento se comparado às 33 milhões de pessoas infectadas em 2007, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta da disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV.
Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões.
"O número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos ao passo que mais pessoas ganham acesso a medicamentos que salvam a vida", informa o relatório, cuja elaboração ocorreu a partir de dados compilados em 2008.